Kara Marie Danvers| Point Of View
— Certo, mas uma coisa você não pode negar… você ama estar em São Francisco. – Jonn falou apontando pra mim.
— Você tem razão! Estando aqui eu me sinto em casa, é como se nada aqui pudesse me fazer mal. – Concordei enquanto organizava o meu prato, a rúcula insistia em tocar na carne.
— Muito altruísmo da sua parte voltar pra Miami e fazer tudo que está fazendo. Quando você pediu a minha opinião sobre isso e eu disse ser uma péssima ideia, não tinha noção da importância de ter você lá. – Terminei de mastigar mantendo pouco contato visual com o meu segurança.
— Eu entendi perfeitamente a sua colocação naquela época, e eu te agradeço por aquela conversa. – Fiz uma pausa tomando meu suco. — Saber que você se preocupa comigo a ponto de ser totalmente franco e sem reservas, me deixa muito tranquila. – Jonn era uma das pessoas em quem eu mais confiava.
— Antes de ser seu segurança, eu sou seu amigo e me importo com você. – Ele sorriu amistosamente pra mim.
— Sou grata por isso, Jonn.
Jonn e eu cultivamos uma grande amizade desde quando ele começou a trabalhar para mim. Seu caráter e extremo cuidado com tudo, me fez ter total confiança nele muito rápido.
Hoje em dia, ele é a pessoa que mais sabe sobre mim e sobre os negócios, acima de qualquer outra pessoa. Eu confiaria minha vida e a da minha família nas mãos dele.
Jonn nunca falhou comigo.
Portanto, não foi exatamente uma surpresa quando, de toda a sua boa vontade, Jonn colocou a esposa dele para trabalhar como segurança de Lena e das crianças, selecionou a dedo cada homem e mulher que trabalhavam na minha segurança e da minha família, era como um soldado leal.
Faz dois dias que chegamos a São Francisco, depois da viagem com Lilian, Mamãe e Alex eu ainda fiquei alguns dias em Paris. Agora estamos em casa, resolvendo algumas pendências que são impossíveis de serem resolvidas sem a minha presença.
Pela manhã eu fiz alguns exames médicos, aproveitando que a minha equipe de saúde médica é daqui, vim fazer esse check-up para não ter que solicitar a ida deles para Miami.
— Passei um pente fino na escola, como me pediu. – Jonn explicou enquanto entrávamos no carro. Franzi o cenho em confusão.
— Perdão, Jonn, eu não entendi o que quis dizer. – Me desculpei.
— Oh, sim! Perdão! Eu quis dizer que a escola está limpa, isso significa que não há nada que coloque a segurança de Kaleb em risco… tudo foi cuidadosamente investigado, principalmente os funcionários. – Ele me entregou o tablet, que continha as informações da escola.
(Autistas podem não identificar, por exemplo, a diferença no tom de voz e expressões faciais que são capazes de mudar o significado do que alguém está dizendo. Por isso, são mais propensas a interpretar as coisas literalmente e podem ter dificuldade de entender sarcasmo, metáforas ou expressões incomuns.)
— Tudo bem, eu vou me certificar que o colar com o rastreador esteja pronto antes que ele comece. – Falei lendo tudo que estava no enorme documento.
Ainda muito pequena, fui diagnosticada com a Síndrome de Savant e autismo, e apesar de dificultar a convivência com pessoas ao redor, a síndrome torna possível uma leitura rápida de qualquer coisa ou situação, independente do tamanho, potencializando a minha capacidade de memorizar tudo com facilidade. O hemisfério direito do meu cérebro, onde concentram-se habilidades artísticas, matemáticas e de memorização, potencializam exacerbadamente muitas habilidades que todos os seres humanos têm.
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Resentment - Adaptação Karlena
Fanfiction🍁 [A D A P T A Ç Ã O] 🍁 Após anos longe de sua cidade natal, Kara retorna para o funeral de seu irmão, que faleceu inesperadamente. Apesar do tempo que passou longe, ela não consegue deixar de lado o ressentimento que carrega pelos acontecimentos...