Capítulo 33 - Última Ajuda

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Narrador  |  Point of View



“Te amar foi o meu primeiro grande ato de coragem na vida, meu segundo foi te deixar partir. Para o bem e para o mal, você foi a minha decisão mais difícil que ser tomada. – Textos Cruéis Demais”




Narrador  |  Point of View



As sombras do passado se ergueram como espectros silenciosos, envolvendo Kara e Diana em um abraço repleto de emoções não ditas. O silêncio entre elas era eloquente, carregado do peso do que foi vivido e do que ainda reverberava dentro de suas almas.

Ao reencontrarem Clark, um turbilhão de lembranças remexeu antigas feridas, abrindo caminho para a exposição dolorosa de suas cicatrizes não totalmente curadas. Para Diana, cada olhar lançado na direção dele era como reviver o terrível abuso que a assombrou e ainda assombra, um pesadelo que se manifestava, reacendendo a dor profunda que feriu não só seu corpo, mas sua essência.

E para Kara, o sofrimento de Diana era como uma reverberação intensa, uma dor compartilhada que apertava seu coração. Cada instante ao lado de Clark ecoava as marcas indeléveis daquele passado sombrio, onde ela própria mergulhou em um abismo de angústia, lutando para proteger não só a si mesma, mas também a amiga cuja alma estava entrelaçada à sua.

O abraço silencioso entre elas era um elo, um apoio mútuo que transcendia palavras. O peso do que não era dito enchia o ambiente, criando um vácuo denso, onde a dor compartilhada entre as duas se manifestava em um entendimento mútuo, sem que precisassem verbalizar cada fragmento doloroso do passado.

Ali, envoltas nesse silêncio eloquente, Kara e Diana encontravam-se unidas pelo fardo de suas lembranças, uma comunhão de dor e força que se entrelaçava no abraço quebrando o silêncio, trazendo, mesmo que lentamente, um conforto na compreensão silenciosa do peso que carregavam juntas.

— Ei vocês, vamos lá? – Helena abriu a porta da sala de sua esposa, encontrando ela e Kara abraçadas e sentadas no sofá.

— Tudo bem, vamos logo acabar com isso. – Kara falou depois de um longo suspiro.

A loira se desvencilhou de Diana e se levantou, esticou a mão para que sua amiga pudesse pegar para ajudá-la a se levantar. Com a drástica mudança de cenário por causa dos últimos acontecimentos, Kara chamou sua família para uma reunião fechada, para que pudessem definir o que iriam fazer dali para frente.

O corredor silencioso da El-Corp testemunhava a marcha decidida de Kara, Diana e Helena. Cada passo ecoava a determinação e a incerteza que pairava sobre elas, um reflexo da turbulência interna que as consumia.

Enquanto se dirigiam à sala de reuniões, o peso das expectativas e a tensão se intensificavam a cada momento. Ao adentrarem o recinto, a presença imponente da família delas já aguardava, cada rosto expressando uma mistura complexa de sentimentos: preocupação, ansiedade e a determinação de enfrentar o que estava por vir.

Clark, o catalisador dessa nova reviravolta, era como um eco do passado que reverberava no presente delas. Seu retorno desencadeou um vértice de incertezas e memórias dolorosas, e agora era o momento de decidir o rumo a seguir.

O silêncio na sala pairava como um manto pesado, interrompido apenas pelo sutil ruído dos passos das três mulheres. O olhar entre elas era um código não verbal, uma troca de apoio e compreensão mútua, fortalecendo-se para enfrentar o desafio que se delineava diante delas.

Sentadas à mesa, cada uma tomou seu lugar, enquanto o olhar da família delas pousava sobre elas, aguardando a definição do caminho a seguir. A atmosfera carregava uma tensão palpável, uma energia densa que permeava o ambiente, aguardando a palavra inicial que desencadearia as próximas ações.

Resentment - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora