C a p í t u l o 3

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Simon pôs o dedo no gatilho, pronto para disparar, seus instintos falando mais alto do que tudo - atire na cabeça dela, porra!

Apertar ele não conseguia, as mãos ficavam trêmulas, os dois se encaravam como dois inimigos que havia acabado de se encontrarem.

Droga, como aquela mulher tinha a audácia de refuta-lo? Estava completamente louca. Sem um pingo de noção passando em sua pequena mente.

Dispara logo a porra da bala, Simon! Gritava em sua mente, sem resíduos de resistência as falas.

— Abaixem a arma vocês dois — Ordenou Price — Isso aqui não é um ringue, é uma missão!

Simon perfurou seu olhar ainda mais tenso em Selene, que colocou o dedo no gatilho.

— Selene... — Alejandro murmurou — Não quero ter problemas com o seu pai, abaixe a arma, por favor...

Que vontade ela tinha de disparar e fazer o crânio de Ghost como uma coroa. Um milésimo enfeite que a perseguia onde quer que fosse.

— Abaixo a arma se ele abaixar, afinal, ele que apontou primeiro — lembrou, de forma seca

— Ghost... amigão... Abaixe a arma — Soap se aproximou cautelosamente

Longos segundos seus olhares se tornaram ainda mais escuros, Selene estava disposta a atirar nele, mas, ela deveria deixá-lo dar seu primeiro passo, assim, ela o acusaria. E quem iria protegê-lo?

— Ghost, abaixe a porra da arma! — gritou Price, fazendo com que um disparo fosse ouvido.

Todos os olhos se arregalaram quando Selene apertou o gatilho, Simon fechou os olhos e depois os abriu, percebendo que ela mirava por cima de seu ombro.

Cacete!

— Que susto, achei que você iria matar o Ghost — falou Soap

— Ele é fácil de controlar — respondeu ela, ainda com a arma mirada por cima do ombro do tenente — Vamos embora

Abaixou a arma, Simon ficou parado, perplexo com o que acabará de acontecer. Price e Alejandro seguiram Selene até a caminhonete. Enquanto Soap ficou do lado de Simon.

— Admirei a fúria dela, fica sexy, não acha? — comentou Soap

— Cale a boca! — sua voz saiu em um berro

Simon pensava por que todos estavam caindo na lábia da mulher, idai que ela tinha um corpo bonito? Isso não era motivo de ficar babando e esquecer de seus ideais.

Ainda mais Alejandro, por que ele a recrutou? Que dívida era essa que ele tinha com o pai dela?

Os pensamentos se dissiparam assim que o motor da caminhonete foi ligado,dessa vez, Simon foi com Price, Selene foi com Soap, enquanto Alejandro foi em outra caminhonete, dando mais espaço para o pessoal.

✧✧

23:14 da noite, horas haviam se passado quando chegaram no prédio, sendo recebidos com guloseimas e bebidas. Simon ficou afastado por horas, querendo manter os pensamentos legíveis, ele quase havia disparado uma bala na testa da mulher com quem seu capitão tinha uma dívida.

Sua curiosidade aumentava para saber que dívida era aquela, grudava em sua mente igual tatuagem. Em seu quarto escuro, o mesmo se acomodava na cama, enquanto Soap contava piadas sem sentido, estava mais do que bêbado.

Entre outros baques e outros, o recente tombo deve ter sido forte o bastante para fazer com que Soap desmaiasse. Não era de tanta importância, Simon o considerava um colega, e gostava dele vivo, assim como seus outros companheiros.

Simon Riley - 𝔇𝔢𝔳𝔦𝔩'𝔰 𝔈𝔶𝔢𝔰Onde histórias criam vida. Descubra agora