C a p í t u l o 14

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Uma semana se passou, e todos da equipe estavam mais do que decididos a investigar tudo que estava acontecendo. Desde os primeiros passos de seus inimigos até meio caminho.

Alejandro deixou-se levar e contou sobre o que sabia do Caveira Vermelha, Selene estava mais afastada do que nunca, possivelmente com raiva, porém Alejandro não queria por mais ninguém em risco e em meio de tantos segredos.

Simon comparecia a metade das reuniões com seu típico humor quebrado, mesmo que Soap tentasse fazê-lo dizer algo, ele se mantinha apenas ouvindo e quando Selene aparecia era quando ele se remexia na cadeira querendo se levantar e ir atrás dela.

Mas não podia

Seus pensamentos estavam voltados a ela com mais força e com mais eficiência, o deixando completamente abismado, por Deus, como aquela mulher ocupou metade de seus pensamentos?

— Então você conhecia nosso inimigos e resolveu contar apenas agora? — Price recrutou — Deveria ter nos contado antes.

— Eu não podia, e muito menos queria por vocês em mais riscos — respondeu o coronel — Deveria agradecer por eu ter contado algo tão difícil de contar — cruzou os braços.

O som de batidas de cascos ecoou por todo o estábulo, os cavalos inquietos sentindo o sol penetrar seus pêlos.

— Então, você está nos dizendo que sabia sobre esse caveira vermelha há algum tempo, mas escolheu ficar quieto? — a voz de Simon era áspera.

Ele não conseguia evitar sentir uma sensação de traição, mas havia algo na situação que não lhe parecia certo. A maneira absurda de como o coronel a defendia sem se importar com cochichos.

Aquilo fez o estômago de Simon se contorcer, uma sensação estranha. Ela estava fora dos limites, e ainda assim, ela havia despertado seu interesse ainda mais.

Ele mordeu o lábio, tentando ignorar a crescente atração que sentia por Selene. Era perigoso, proibido — extremamente proibido.

— E o que faz você pensar que gostaríamos de estar em mais perigo do que já estamos? — Rodolfo deu a palavra.

Valéria encarava o teto e depois Alejandro, a cada segundo, nem ela mesma sabia de tudo — mas só de ver o semblante dele, sabia o que ele queria.

— Não quero que vocês se coloquem mais em perigo — o coronel o encarou fixamente — Não conseguem entender que o que está acontecendo não depende só de mim?

— Só não entendemos do por que você se importa tanto com ela a ponto de sacrificar a gente para isso —  Rodolfo falou, sua lábia venenosa.

— Eu não dou a mínima para suas razões — Simon cuspiu, a raiva evidente em seu tom — Se não fosse por seu passado com a Selene, não estaríamos nessa confusão! — ele se levantou.

Soap permaneceu em silêncio, uma raridade para o homem geralmente falante. Simon não pôde deixar de se perguntar se Soap sabia de algo que eles não sabiam.

— Ainda tem mais? — Price encarou o coronel.

Soap abaixou o olhar, ele sentiu que era o único que não estava retrucando, era apenas uma nuvem cheia de sol prontinha para despejar seus raios, mas o que ele tinha ali era apenas chuvas e raios.

Alejandro engoliu em seco, não conseguindo olhar nenhum dos soldados ali, e nem mesmo Valéria.

— Desembucha, Alejandro — Simon rosnou, sua paciência se esgotando — Estamos todos morrendo de vontade de saber o que você está escondendo!

— Simon, pega leve — Soap finalmente falou.

— Não me diga o que fazer, Soap —  Simon rangeu os dentes, sua voz baixa e perigosa — Que tal começar a dizer sobre quem Selene realmente é, e por que ela vale todo esse trabalho insignificante?

Simon Riley - 𝔇𝔢𝔳𝔦𝔩'𝔰 𝔈𝔶𝔢𝔰Onde histórias criam vida. Descubra agora