Sem contato com a harmônia
Fumar para sentir a queda
Ou apenas para sentir qualquer coisa.20 de dezembro
09h35 am, terça-feira.— Mansão Choi
O dia amanheceu chuvoso, as nuvens estavam acizentadas e o vento forte fazia uma sinfonia em meio às árvores.
Choi San se encarava no espelho ajeitando seu terno preto, que por sinal lhe caia muito bem, poderia até se gabar se hoje não fosse o velório de seu pai, o odiado Choi Minseok. Isso não surpreendia o jovem até porquê, um velho "drogado" como ele não iria durar muito mesmo. "Overdose...não bastava ter me feito sofrer a vida toda, agora tinha que ter morrido de overdose...". Suspira cansado, após tantas tentativas para ajeitar sua gravata ele finalmente desistiu e a retirou de seu pescoço.
Uma última encarada no espelho antes de sair o fez notar suas grandes olheiras e seu cabelo desajeitado, a dúvida se deveria se arrumar ainda pairava sobre seus pensamentos, se arrumar demais talvez demonstre falta de respeito? Empatia? Bem, isso não importa, de qualquer maneira ele queria ser rápido, enterrar aquele monstro á sete palmos do chão e resolver oque faria dali para frente.
— San? — Um jovem alto, com mechas loiras em suas madeixas adentra em seu quarto — Você está pronto? Precisamos ir — Mingi, era seu irmão mais novo, não tinha o costume de demonstrar sentimentos, pelo menos não com ele, e naquele dia não seria diferente, ele estava frio assim como o clima fora de casa. Apesar de tudo, o último citado se preocupava mais com sua família do que a si próprio, era o favorito de seu pai e mimado por todos, claro, até começarem a suspeitar de Song Mingi e Jeong Yunho.
— Estou... — Ambos se dirigem ao vasto quintal onde haviam dezenas de pessoas do quais o moreno nunca havia visto. Parentes distantes o cumprimentavam e desejavam seus pêsames, a realidade era que todos só estavam ali por estar, assim como o jovem San.
— Sentimos muito, querido... — Sua avó materna afirma em singelas lágrimas de crocodilo. Ela odiava o ex genro, precisou se segurar para não esboçar um sorriso de orelha a orelha.
Ele caminha até chegar frente ao caixão, onde deposita um pequeno pacote com comprimidos de cor clara.
— Qual é o seu problema!? — Uma mulher o segura pela gola de sua camisa amassada.
— Só estou lhe dando um presente – Sorriu sínico encarando o túmulo.
— Ah para...você nunca se importou com seu pai, e agora no funeral você aparece — Debocha. Na verdade, San não se importava, e por isso jogou os comprimidos — Quer todo o dinheiro dele, não é? Admita! — A loira leva rapidamente sua mão ao encontro do jovem, depositando um tapa forte em seu rosto. Sem reação, ele a encara furioso.
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One more drink
FanfictionUm empresário provocador, e um barman esquentadinho. Mais alguns drinks e ambos sabem o que pode acontecer. Os pares perfeitos. Bebidas quentes, daquelas que queimam a garganta como verdades a serem ditas. Corações partidos, e festas polêmicas acomp...