Gênova, Itália
CATHERINE NUNCA FOI para a Itália, ou qualquer região próxima em toda Europa. Durante décadas ela se manteve na América, junto a Carlisle e o restante do clã. Agora, em um dos portos de Gênova, com uma lona lhe servindo de abrigo do sol, viu tudo que estava perdendo.
Catherine falava italiano, mas ouvir italianos fluentes falando era algo tão belo que ela já estava considerando tornar isso a oitava maravilha do mundo. Mas não podia pensar naquilo. Já era mais de onze horas, o sol não baixaria tão cedo, mas precisava chegar ao mercado mais próximo para comprar algo para lhe cobrir.
— Droga, agora sei por que nunca viemos para a Europa. É ensolarado demais — resmungou baixo, observando o movimento do porto.
A pressa de ir logo para Volterra se encontrar com Alice e seu irmão lhe impediu de pensar direito. Saiu sem roupas apropriadas — ao menos estava de calça e botas —, seu dinheiro molhou totalmente ao longo do caminho por água entre o Oceano Atlântico e Mar Mediterrâneo, e agora estava usando uma lona que fedia a peixe como abrigo. As coisas só melhoravam para ela.
Alguns homens passaram por perto, visivelmente cansados e trocando as pernas. Um deles tentou guardar a carteira, que escorregou e caiu no chão. Um minuto se passou. Dois minutos. Ninguém percebeu. Catherine olhou para a carteira, perto o bastante para ela pegar. Ela precisava daquele dinheiro para pagar por roupas.
Com a carteira em mãos, ela seguiu com a lona até se deparar com outro homem, este mais jovem e com um casaco de capuz. Quem usava casaco debaixo daquele sol? Aquilo não importava, ele parecia alguém largado, talvez esperando o pai ou alguém assim. Seria perfeito.
— Ei, quanto quer por isso? — Perguntou, apontando para a peça de roupa.
— Por que isso, donna? — O jovem questionou, mascando um chiclete.
— Tenho quinhentos euros aqui comigo — respondeu, pegando a carteira e mostrando o dinheiro — Tudo seu se me der o casaco. É uma venda.
— Não sei...
— É um negócio, rapaz. Uma venda. Vai lucrar quinhentos euros, pode comprar outro casaco novo e muito mais bonito.
O rapaz pensou por um momento antes de aceitar e tirar o casaco para lhe entregar. Cathe entregou o dinheiro no mesmo instante, sorrindo satisfeita com o negócio feito.
— Ciao, garoto. Curta o seu dinheiro.
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𝐀𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄𝐂𝐄𝐑 𝐃𝐎𝐒 𝐃𝐄𝐒𝐄𝐉𝐎𝐒 | 𝓒𝓪𝓲𝓾𝓼 𝓥𝓸𝓵𝓽𝓾𝓻𝓲
Fanfic𝗮𝗻𝗼𝗶𝘁𝗲𝗰𝗲𝗿 𝗱𝗼𝘀 𝗱𝗲𝘀𝗲𝗷𝗼𝘀 | 𝗰𝗮𝗶𝘂𝘀 𝘃𝗼𝗹𝘁𝘂𝗿𝗶 𝗧𝗢𝗗𝗢𝗦 𝗘𝗦𝗧𝗔𝗠𝗢𝗦 𝗗𝗘𝗦𝗧𝗜𝗡𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗔 𝗔𝗟𝗚𝗨𝗘́𝗠. Não importa quanto tempo demore para se encontrar a pessoa amada, ela sempre será colocada na sua frente em al...