PELOS PRÓXIMOS DIAS, CATHERINE SE SENTIU EM UM FILME DE FAROESTE. A cada amanhecer e pôr do sol, sempre que via ou sentia a presença de Caius, sua mente se imaginava no meio do deserto, ambos parados frente a frente e tensos, preparados para pegar suas próprias armas e atirar.
Ser companheira de Caius é uma droga.Três dias depois da chegada do colar, outro pacote foi deixado na torre, dessa vez sendo entregue por Chelsea. A única coisa que aquela mulher disse para Catherine foi:
— O mestre Caius insiste para que a senhorita aceite o presente, por favor.
Dessa vez, era uma jóia da Prada. A Masen-Cullen persistiu em negar, pois as jóias não lhe interessavam. O colar de sua mãe lhe bastava. Ver aquelas jóias caras, algumas de ouro branco, outras de diamantes, não lhe passavam qualquer sensação boa. Sentia que trairia sua família se aceitasse aqueles presentes de Caius. Como se estivesse sendo comprada facilmente.
Sua felicidade apenas se concretizou com a chegada de suas coisas, que foram levadas para a torre através de Corin e Santiago, que entraram e saíram sem dizer uma palavra. Dezesseis dias depois de sua chegada em Volterra, Catherine abriu seu primeiro sorriso sincero enquanto via seus materiais de desenho e pintura.
— Veja, Sulpicia, Esme até repôs algumas coisas que haviam acabado — comentou, passando a mão em cada lápis, frasco de tinta, cada pincel do estojo. Estava tudo lindamente organizado, e um recado entre os lápis reforçando o quanto sua família lhe amava.
— Então você gosta de arte, hein? — a mais velha murmurou, observando sua empolgação. Talvez...
A partir desse dia, Catherine passou a usar o seu tempo para desenhar as suas emoções, como geralmente fazia. Mesmo que não tivesse o costume forte de usar tintas, ela prometeu para si mesma que se esforçaria para não deixar chegar na data de vencimento ainda intocáveis.
Em meio aos seus momentos de arte e seus torpedos com Esme e Rosalie — Alice se comunicava uma vez perdida —, outra caixa foi entregue na torre. A presença da vampira alta e loira de traços delicados não pareceu agradar muito a Sulpicia, que dessa vez fez questão de responder em nome de Catherine.
— Chelsea, pensei que estivesse com Santiago — disse, forçando um sorriso enquanto estendia as mãos para pegar a caixa.
— Mestre Caius me deu ordens de entregar pessoalmente para a senhorita Catherine — a segunda afirmou, afastando a caixa de sua direção e se virando para a mais nova com um sorriso amigável — Ele disse que foi escolhida com cuidado.
O olhar da mulher deixou Catherine desconfiada. Sulpicia não apresentava um comportamento arisco quando Corin, Santiago ou Aro apareciam — mesmo que o último fosse seu companheiro. Mas com Chelsea... Tem algo que não estão contando.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐀𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄𝐂𝐄𝐑 𝐃𝐎𝐒 𝐃𝐄𝐒𝐄𝐉𝐎𝐒 | 𝓒𝓪𝓲𝓾𝓼 𝓥𝓸𝓵𝓽𝓾𝓻𝓲
Fanfiction𝗮𝗻𝗼𝗶𝘁𝗲𝗰𝗲𝗿 𝗱𝗼𝘀 𝗱𝗲𝘀𝗲𝗷𝗼𝘀 | 𝗰𝗮𝗶𝘂𝘀 𝘃𝗼𝗹𝘁𝘂𝗿𝗶 𝗧𝗢𝗗𝗢𝗦 𝗘𝗦𝗧𝗔𝗠𝗢𝗦 𝗗𝗘𝗦𝗧𝗜𝗡𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗔 𝗔𝗟𝗚𝗨𝗘́𝗠. Não importa quanto tempo demore para se encontrar a pessoa amada, ela sempre será colocada na sua frente em al...