▶ 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝟶𝟼

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     ESTAR DE VOLTA NA BIBLIOTECA TRAZIA MEMÓRIAS de quando descobriu sobre o laço

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     ESTAR DE VOLTA NA BIBLIOTECA TRAZIA MEMÓRIAS de quando descobriu sobre o laço. Já fazia um mês exato, e não esperava que poderia haver qualquer mudança. 

     Marcus pegou um grande calhamaço antigo de capa de couro, fechado por cordões amarrados firmemente, e o colocou delicadamente em cima da mesa em que ambos se sentaram. 

— Aqui tem tudo o que eu anotei sobre meu dom. — Disse, descansando a mão sobre o livro, como se fosse algo sagrado — No começo eu não compreendia o que eu via e sentia, então minha companheira deu a sugestão de anotar cada detalhe e criar minha própria interpretação.

— Quanta coisa... — a Masen murmurou, abismada com a ideia de todas aquelas páginas estarem preenchidas com informações sobre um único dom. Nem toda a família junta daria tudo isso.

     Marcus acenou e abriu o calhamaço com delicadeza, como se as folhas pudessem se desfazer em poeira caso usasse de grosseria ou fizesse aquilo de qualquer forma — e talvez realmente se acabasse, dado em vista a idade que o vampiro deveria ter. Sua aparência era de alguém que não conhecia um motivo para sorrir a tempos, que sofreu com a vida ao ponto da transformação não conseguir deixá-lo intacto.

O que será que lhe deixou desse jeito?

O primeiro registro que fiz sobre os companheiros eternos foi por volta dos meus primeiros anos após a transformação. — Ele explicou, abrindo nas páginas iniciais. — Foi entre minha companheira e eu. Assim que eu a vi, notei uma aura, como uma fita rosada ao redor dela, e que me circundava. Esse é o princípio de um laço de companheirismo.

     Catherine arregalou levemente os olhos e o fantasma de um sorriso apareceu em seu rosto. A forma como sua voz se suavizou ao mencionar a companheira chegava a ser comovente. Mas ele é um Volturi. Mesmo não tendo ouvido muitas coisas sobre ele, mas continuava sendo de um clã que assustava todos os vampiros — ou sua maioria. Isso tinha que significar alguma coisa.

— Comecei a perceber que alguns laços surgiam depois, como o caso de Chelsea, que você já chegou a conhecer. — Ele prosseguiu, dando uma olhada na mulher para ter certeza de que ela compreendia — O companheiro dela, Afton, é algumas centenas de anos mais novo. Pelas minhas contas, o laço surgiu nela mais ou menos na época em que ele nasceu.

— Então o laço é mesmo predestinado. — A mulher murmurou — Todos têm um laço? Digo, você consegue ver se todos têm?

     Marcus apertou os lábios em uma linha fina, pensando por um instante e folheando o livro antes de dar uma resposta.

— Se você nasceu com o laço, quer dizer que seu companheiro eterno é mais velho do que você, independente de ser por segundos ou séculos. — Disse — Se você não tem um laço, é porque seu companheiro ainda não nasceu, portanto, não tem aonde se ligar.

     Mais um momento de silêncio.

— Já vi laços surgirem e desaparecerem. — Comentou com pesar, abaixando a voz e se inclinando para frente, como se estivesse prestes a contar um segredo — A pessoa predestinada de Heidi nasceu na época da Segunda Guerra, duas semanas depois o laço desapareceu.

𝐀𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄𝐂𝐄𝐑 𝐃𝐎𝐒 𝐃𝐄𝐒𝐄𝐉𝐎𝐒 | 𝓒𝓪𝓲𝓾𝓼 𝓥𝓸𝓵𝓽𝓾𝓻𝓲Onde histórias criam vida. Descubra agora