• um nota de pronunciamento, a fanfic irá conter gatilhos, lauren irá ser um garoto (Lawrence) antes de tacar hate ou comentar algo do tipo (fanfic ruim, a Lauren é mulher, e etc..) , casso não goste não leia.
(Obs: a fanfic irá começar do passado, antes de começar a real história.)
Miami - Weston
24/12/2003
Casa cheia, assim se encontrava o natal na casa da minha vó, já se passaram três minutos desde a meia noite, todos se reuniram a mesa , para desfrutar da ceia.
Meus irmãos estavam brigando, para saber quem iria ficar com a coxa do frango, Richard tinha sete anos , e o Robert nove, e eu tinha apenas cinco anos.
Bufei frustado, estava de canto, não conseguia enxergar a mesa de forma alguma, ambos comiam tão rápido!.
- mãe, mãe, mãe, eu tô com fome!.- puxei a barra de seu vestido verde rodado, ela nem ao menos me olhou.
Subir na cadeira com muito esforço, me pondo de pé, fiquei surpreso por não haver quase nenhum pingo de comida nas formas, travessas...
Eu não sequer havia desfrutado de algo!.
Me sentei ao lado do Robert, que me olhou de canto, não se dávamos bem.
Naquela noite, fui dormir apenas com água na barriga , mamãe havia esquecido de mim, Richard e Robert não estava ligando para mim.
Ao amanhecer, estávamos todos sentados juntos a árvore grande de Natal da vovó, muitos presentes Havia embaixo dela, eu era apaixonado pelo homem aranha, com ajuda da professora, eu escrevi mil vezes "homem aranha" no papel e dei a mamãe.
- para os meus filhos queridos.- mamãe tinha um sorriso enorme nos lábios, entregou uma caixa aos dois filhos, e a mim, nada.
- e eu !?.- fiz bico, ficando emburrado, o olhar severo que dona clara havia dado, me fez engolir minhas lágrimas.
- já disse pra não interromper os mais velhos quando estiver falando, Lawrence! , vai brincar vai.- me empurrou para o quintal.
Nenhum dos parentes teve coragem de dizer nada , apenas riram, e retomaram a troca de presentes.
Olhei tudo pelo vidro da janela, após subir no banquinho do vô, que ficava por lá, ele gostava de tomar café da tarde ali.
O Richard havia ganhado um tênis novo , o Robert havia ganhado uma bola, puxa....eu iria ter que ficar com o tênis velho do Richard.
Mais tarde naquele dia, papai havia chegado bêbado, já estávamos em casa.
Não morávamos em uma casa grande, era apenas dois quartos, um dos meus pais, e o outro, era usado por mim e os meus irmãos, ambos dormiam na beliche, e eu no colchão que era colocado toda noite, ao chão frio.
Por volta das onze, os gritos começaram a ser constantes, estávamos assustado com a gritaria, Robert que não se dava bem comigo, havia me pegado no colo, me deixando colado a ele.
Mamãe gritava com meu pai , pedindo para ele o soltar, olhamos pela fresta da porta, vendo no exato momento em que ele lhe desferiu um tapa ao lado esquerdo de sua face.
A briga baixou por volta de duas horas depois.
Estava pegando no sono, quando a porta do quarto foi aberta com brutalidade.
- Robert e Richard, peguem roupas, vamos passear queridos.- mamãe havia me tirado do colo do Robert com brutalidade, colocando alguns pares de roupas em minha mochila.
Seu rosto estava vermelho, a mão do papai era pesada, ao redor do seu olho, estava ficando arroxeado.
Em minutos, estávamos pegando a estrada, o carro velho balançava, devido a rua esburacada.
Estava tudo escuro, apenas os grilos, sapos e muito bicho fazendo barulho.
- aonde estamos indo?.- me atrevi a perguntar.
Ela me olhou pelo espelho do painel, me olhando fixamente.
- durma, iremos chegar pela manhã.
Peguei no sono, me aconchegando aos braços de Robert, ele não fez questão de me guarda em seus braços por algumas horas.
No dia seguinte, havia acordado com fome, estava com calor e molhado de suor, Robert não estava ao meu lado, não estávamos no carro.
Me levantei, pondo os pés na madeira fria , o quarto era muito bonito, tinha alguns rabisco na parede, desenhos e linhas sem sentidos.
- mamãe está chamando para o tomar café.- meu irmão mais velho entrou no quarto, me assustando, Robert tinha o cabelo molhado, me olhava sem expressão alguma.
Fui atrás dele , tropeçando em um dos degrais da escada, não havia visto ela ali, Robert me segurou com força, seu olhar estava assustado.
- me desculpa...eu não vi.- me justifiquei.
- toma cuidado da próxima vez.- ele me ajudou a descer as escadas, a casa era diferente da nossa.
Maior e muito bonita, o cheiro de waffles fez minha barriga roncar.
- bom dia!.- Robert me ajudou a sentar na cadeira.
- bom dia, tome seu café.- mamãe havia colocado waffles em meu prato, despejando uma boa quantidade de mel por cima , suspirei ao dar a primeira mordida.
Me servir com leite , comendo o meu café da manhã calado.
Queria perguntar aonde estávamos, nossa casa não era aquela, não chegava nem perto.
A campainha soou, mastiguei rapidamente meu waffle, bebendo o líquido gelado em meu copo.
- bom dia!, somos vizinhos, eu e minha filha, Alexa viemos trazer donuts, como boas vindas.- engasguei, donuts!?, uh...
- obrigada pela gentileza, sua filha é linda.- ouvir a voz de mamãe.- quantos anos ela tem?.
- três, não é filha?.
Pulei da cadeira, correndo até a porta, sorrir ao ver a garotinha se esconder atrás das pernas do pai.
- Lawrence!, olha essa boca suja.- mamãe passou a mão em meus lábios, resmunguei pela força aplicada.
- ora.... já tem bigode rapazinho.- assenti, sabendo do meu bigode de leite.
- posso brincar com sua filha?.- perguntei, ele parecia relutante.- aí!.
Mamãe havia me beliscado.
- pode , cuidado com ela , estou de olho em você rapazinho.- sorrir, me curvando em frente a garota.
- me chamo Lawrence, e gosto do homem aranha!.
- O-oi.....eu gosto de boneca.
- eu posso brincar de boneca!.
Ela sorriu, puxando minha mão até o quintal de sua casa, eu havia feito uma nova amiga.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Doutor Jauregui
Historical FictionApós um passado conturbado, Lawrence viu que não teve infância, desde pequeno, foi deixado de lado por sua mãe, assim tendo que crescer sozinho no mundo, carregando o seu diploma de ginecologista obstetra " doutor jauregui" • história de minha auto...