Miami - Weston27/06/2008
Meu aniversário de dez anos havia chegado, levantei radiante!, escovei os dentes, pus minha melhor roupa, que havia ganhado do vizinho, penteei meu cabelo para trás, me olhando fixamente no espelho.
Eu estava um gato!, me sentei a mesa , ao lado do Richard, que comia seu sanduíche tranquilamente, o fiquei olhando com cara de bobo.
Ao olhar para mim , balancei as sobrancelhas, esperando ele dizer apenas uma palavrinha.
- sai fora cara , oh mãe!, olha o Lawrence aqui.- gritou, eu não havia feito nada!.
- come logo garoto, tenho tempo pra ficar te esperando não, se não quiser ir apé para escola.- mamãe tinha um cigarro preso nos lábios, ela estava terminando de guardar o leite.
- mas mãe....
Só senti a mãozada na minha boca, meus lábios ficaram dormentes na hora.
- já disse que não é para ficar me respondendo.- alertou.- anda, levanta.
Richard ria ao meu lado.
Ninguém havia lembrado do meu aniversário, e desde o episódio passado , não havia visto mais o papai.
Fui para a escola, na esperança de ganhar um parabéns dos meus amigos, apesar de ter apenas dois, o Saimon e o Chris.
Encontrei os dois conversando entre si, achei estranho, eles sempre me incluíam na conversa.
- Oi galera!.- sorrir, sentando-me ao lado do Saimon.- o que estão fazendo?.
- huh... Oi lawrence.- ele respondeu com um sorriso forçado, trocando olhares com o Chris.- olha cara... desculpa aí , mais a gente não pode ser colegas, nossos pais proibiram.
- o quê? Porque!.- eu não queria perder meus únicos amigos.
- eles acham que você é... marginal sabe, suas roupas são bem... diferentes, e...sua mãe...fuma sabe....- não entendi o que ele havia falado.- vamos Chris.
Fiquei plantado em meu lugar, olhando ao redor das minhas roupas, não estava tão feio assim!, uma calça jeans surrada , um camisa branca com um pouco de molho, e o tênis velho do Robert.
- hey bobão, estava te esperando!, feliz aniversário.- sorrir ao sentir o peso em minhas costas.
- obrigado.- fiquei envergonhado.- eu preciso ir para aula, podemos lanchar juntos?.
- sim!, também tenho que ir.- deixou um beijo em minha bochecha, ao descer das minhas costas.
Ela correu, entrando em sua sala rapidamente.
Andei vagarosamente pelo corredor da escola, a professora Colins estava na porta da sua sala , nossa professora de Ciências.
- Oi amor, chegou cedo.- beijou minha testa, me puxando para dentro da sua sala.- parabéns.- sorriu.
- a senhora lembrou!?, isso!.- girei no lugar, fazendo a dancinha da vitória.
- como não esquecer, do meu aluno predileto, aliás... tenho um presentinho.- se aproximou, sentando em sua cadeira, seus dedos ágeis desabotoaram minha calça, o olhei confuso, a deixando fazer.
Suas mãos abaixaram minha cueca azul, sua boca marcada por um vermelho sangue, mordeu os lábios, tocando meu membro.
- tia.... acho melhor não.- eu estava desconfortável com a situação.
- irá ser grande, quando você crescer mais um pouco.- sorriu, tocando minha genitália com precisão.
Meu membro ficou duro, provocando uma dor forte em minha região pélvica, me afastei de imediato, ajeitando minha roupa.
Eu estava com medo, corrir da sua sala, escutando ela gritar meu nome, pulando o muro da escola, eu não ficaria lá, eu não quero voltar para lá.
Me sentei em frente a uma borracharia, chutando as pedrinhas que havia no chão.
O homem gorducho ao outro lado da rua , não parava de me olhar, ajustei a mochila em minhas costas, o olhando atentamente.
- ou garoto, vem aqui.- me chamou, fui até ele , vagarosamente, atento aos seus passos.- você deveria estar na escola, o que está fazendo aqui?.
- e-eu?, não tive aula.- olhei para o chão, apertando as alças da minha mochila, minha região pélvica havia parado de doer.
- hum... certo.- vi o momento em que ele se abaixou, terminando de lavar os vidros do carro.
- posso trabalhar com o senhor?.- perguntei, não faria nada o dia todo.
- trabalhar?, está muito novo, não?.- sorriu, olhando para o meu corpo magro.
- há!, claro que não, eu sou grande e muito forte, posso ajudar o senhor?, por favor!.- pulei em meu lugar, juntando minhas mãos.
- termine de lavar esse carro , tem mais outros dois te esperando.- jogou a esponja em minhas mãos.
Tirei minha mochila, colocando meu tênis ao lado dela , tirei minha camisa, jogando dentro da mochila, dobrei minha calça, até ao joelho, começando a lavar o carro.
Estava anoitecendo, quando o senhor da borracharia estava fechando as portas, descobrir que seu nome é Perry.
- fez um ótimo trabalho lawrence.- bateu em minhas costas, me parabenizando.- pegue.
Estendeu uma nota de vinte dólares em minha direção.
- pra mim!?.- peguei a nota, guardando em meu bolso.
- pelo seu dia de trabalho, estuda pela manhã, não é?.- assenti freneticamente.- venha trabalhar a tarde, quando sair da escola, sábado e domingo, o dia todo , beleza?.
- sim!.- apertei sua mão gordura.- negócio fechado senhor Perry.
Fui para casa saltitante, havia ganhado vinte dólares e arrumado um emprego.
Meu aniversário não havia sido tão ruim assim.
- Alexa!.- toquei diversas vezes a campainha de sua casa.
- Oi law.- sorrir ao vê-la, ela usava um vestido rosa cheio de florzinha.- ew..... estava na Lama?, parece um porquinho de tão sujo.
- eu arrumei um trabalho, e ganhei vinte dólares, trouxe um presente.- entreguei o embrulho em suas mãos.
- uma Barbie!?, obrigada bobão.- sorriu olhando seu brinquedo atentamente.
- agora eu preciso ir , podemos brincar depois.
- sim... tchau bobão.- beijou minha bochecha, antes de entrar correndo para casa.
Caminhei vagarosamente para a casa ao outro lado da rua, não conseguia parar de sorrir.
Obs: não estou romantizando o estrupo
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Doutor Jauregui
Fiction HistoriqueApós um passado conturbado, Lawrence viu que não teve infância, desde pequeno, foi deixado de lado por sua mãe, assim tendo que crescer sozinho no mundo, carregando o seu diploma de ginecologista obstetra " doutor jauregui" • história de minha auto...