ANA FLÁVIA
Algumas horas já haviam se passado, e simplesmente estava sendo uma das experiências mais incríveis da minha vida.
Essas crianças me conquistaram... Ver a felicidade delas ao nos ver entrando com as cestas básicas e brinquedos novos me alegraram.
Marcos esqueceu de nos avisar, na van havia também vários brinquedos novinhos para as crianças.
E infelizmente nós já estavamos indo em embora.
Depois de horas rindo, me divertindo e me emocionando, chegou a hora de ir embora.
- Ta tudo bem? - Gu me puxa para si e minha cabeça vai em seu ombro.
Nós estávamos no táxi e estávamos indo comer em um restaurante. Não voltamos com a van porque ela iria em um caminho diferente do nosso.
- Sim. - Sorrio e fico quieta novamente.
O taxista liga a rádio e uma música é interrompida por uma moça, com a voz super irritante falando.
Não sabia se era muita conhecidencia, ou sei lá.
Mas ela estava falando de Carol, Carol Alencar!
- Será que é a mesma Carol que nós conhecemos? - Pergunto.
- Tenho certeza que é. - Ele afirma - Ela fala de uma modelo. E Carol é modelo, óbvio que é ela. - Ele fala e eu reviro os olhos.
- Não sabia que ela era famosa assim...
- Nem eu. - Ele beija minha testa - Pena que amanhã já vamos embora, queria passar mais tempo com você. Só nós dois.
- Eu também. - E simplesmente a história da passagem começa a me deixar confusa novamente.
Eu queria contar para ele sobre elas, mas algo me impedia de fazer isso.
Não sei o que era. Um pressentimento, sei lá.
Eu não conseguia falar com ele sobre isso.
****
Depois de um tempo finalmente chegamos no restaurante. Ele era super chique, acho que um dos mais chiques que eu já passei.
-Ahm. Já sabe o que vai querer? - Gustavo fecha seu cardápio.
- Acho que o mesmo que o seu...
Ele assente e avisa o garçom sobre os pedidos, e logo o garçom se retira.
Meu olhar vai em direção a uma moça alta, dos cabelos compridos e ondulados.
A moça se vira e me encara.
Puta que pariu!
Só podia ser brincadeira!
Essa garota estava nos perseguindo só pode.
O meu otimismo de hoje cedo não valeu em nada. E sim! Carol estava na mesma cidade que nós e no mesmo restaurante.
- Gu olha aquilo. - Pego seu braço com força e ele olha para a pessoa que eu estava falando.
Ela sorri para ele.
Ai que sínica.
A mesma vêm caminhando lentamente em seu salto algulha e logo já estava na nossa mesa.
- Que conhecidencia, meu deus! - Ela sorri falsamente. Ai como ela é ridícula.
- Pois é. - Reviro os olhos e passo a mão no meu cabelo.
Ela vai até Gustavo e da um beijo em sua bochecha, e em mim estende a mão para um aperto.
Tá de sacanagem né?
Não era para ser ao contrário?
-Posso me sentar? - Ela pergunta já se sentando ao lado de Gustavo.
Minha vontade era torcer o pescoço dessa garota igual se torce o de uma galinha.
Sorrio falsamente.
- Já se sentou querida! - Bufo e pego meu celular mandando uma mensagem no grupo das meninas, avisando sobre o que havia acabado de acontecer.
- Vocês já ouviram de mim no rádio? - Ela pergunta convencida.
E lá vai começar...
GUSTAVO
Ana passou o resto do dia de cara feia para mim, sendo que eu não havia feito absolutamente nada!
- Sério que você vai continuar assim? - Me deito por cima dela e a dou um beijo, mas logo ela vira a cara olhando para outro canto qualquer do quarto.
Ela fica em silêncio.
- Naflávia!
Ela bufa e me empurra me derrubando de cima dela.
Logo ela se senta na cama.
- Gustavo me poupe, não é muita conhecidencia isso tudo que está acontecendo?
Reviro os olhos.
- Claro que é. Mas que culpa eu tenho disso?
- Nada Gustavo . Nada!
-Vamos sair?
- Não estou afim.
- Qual é!
- Não estou afim e pronto!
O meu senhor, me de paciência.
- Naflávia, nós vamos embora amanhã. Vamos aproveitar o restinho de hoje por favor...
Ela revira os olhos e se levanta.
- Vamos para onde?
- Dar uma volta na Avenida Paulista?
- Tudo bem. - Ela pega a toalha - Vou me arrumar.
- Fala por fim e entra no banheiro.
Como estava de noite, estava começando a esfriar.
Eu já havia tomado banho alguns minutos atrás, e, então procuro uma roupa e me troco rapidamente.
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Bônus pra vocês, porque estou de bom humor 🥰
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No mesmo quarto | Miotela
Roman d'amourDe férias da faculdade, Ana decide passar o final do ano no apartamento do seu irmão mais velho que mora no Brasil. Ana não vê Luan a mais de cinco anos desde que ele foi para o Brasil a trabalho. Luan mora no Rio de Janeiro com três garotos e uma g...