capítulo 69

2K 86 16
                                    

ANA FLÁVIA

- Sente-se querida. - Marcos aponta para o sofá e logo me sento - Você nunca mais veio aqui, senti sua falta... - Sorriu - Mas o que te trouxe aqui?

- Vim me despedir e encerrar nosso acordo de vez.
-Vou direto ao ponto e ele continua me encarando com uma expressão tranquila.

Ele sorri.

-Quanto você quer? - Ele pergunta e eu o olho sem entender.

- Não entendi.

- Quanto você quer por ter feito tudo isso? - Ele pergunta e eu nego.

- Nada Marcos, não quero nada.

- Como nad... - Eu o cortei.

- Olha Marcos, eu realmente gostei do seu filho e digamos que isso só me ajudou. - Um sorriso escapa de meus lábios - Mas nós não demos certo e chegou a hora de eu ir embora.

- Ana certeza?

Eu suspiro e sorrio.

- Absoluta.

- Sinto muito por vocês não terem dado certo. - Ele diz e eu assinto.

- Essa nossa relação era meio impossível, então está tudo bem.

Não, não estava nada bem.

- De qualquer forma obrigado por tudo. - Ele vem até mim e me abraça - Eu nunca vou esquecer de nada que você me ajudou. - Me solta e sorri.

- A Cecília está aí? - Pergunto e ele nega.

- Ela foi viajar ontem para o interior, está na casa da tia.

- Ah tudo bem. - Suspiro - Fala para ela que eu mandei um beijo e que vou sentir muito a falta dela.

Ele sorri e assente.

Bônus: Carol

Eu estava feliz! Depois que Ana apareceu na minha vida, essa era a primeira oportunidade que eu tinha de ficar com Gustavo.

- Até que enfim chegou! - Bufo e me encosto no
carro encarando Lais.

Ela revira os olhos e me olha.

- O que foi dessa vez? E por que nos encontramos aqui? - Pergunta observando o local aonde nós estavamos - É cabrero.

Nós estávamos em um beco com pouca iluminação e
com um cheiro meio desagradável.

- Eu estou te dispensando.

- Que? Como assim?

Reviro os olhos.

Odeio gente lerda.

- Estou falando que você já pode voltar para
Urupema. - Falo e ela me olha meio indignada - Ah, já comprei sua passagem, você já viaja amanha! -

Tirei a passagem do bolso da minha jaqueta e coloco na sua mão.
A

- Carol não estou acreditando nisso! - Ela me entrega as passagens - Eu não vou embora daqui! -
Ela diz com a maior certeza do mundo e eu rio ironicamente.

- Olha aqui minha querida, você vai embora daqui sim! - Jogo as passagens da sua cara - Depois de muito tempo o caminho está livre novamente para mim ficar com Gustavo, então não venha querer estragar isso! Não quero rastros do que eu fiz perambulando pelo Rio de Janeiro! - Me aproximei dela ficando com pouca distância entre nós.

- Eu não vou embora!

Gargalho.

- Eu acho que eu não fui clara né? - Sorrio - Se você não for embora por bem Lais, você vai embora por mal.

Ela ri e arqueia as sombrancelhas.

Essa garota está me desafiando só pode!

- O que você vai fazer? - Me desafia e eu perco a paciência.

Empurro ela com força a fazendo bater as costas no muro.

- Sabe seus pais? - Sussuro - Eles ainda trabalham para o meu pai lembra? É só eu estralar os dedos que eles são demitidos e quem sabe até sumir do mapa. - Sorrio e ela me olha assustada.

- Você não vai fazer nada com meus pais!

-Quer pagar pra ver lindinha?

- Não. - Ela sussura.

- Bom... Você tem até amanhã para vazar do Rio, se eu descobrir que você ainda está passeando por aqui você já sabe né? - Rio e abro a porta do meu carro - Passar bem!

No mesmo quarto | MiotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora