Olimpo.

Conciliação.

Pov: Seonghwa

Era hoje ou nunca, ele precisava contar ao Kang a verdade, já havia se passado muito tempo desde que os dois estavam passando esse tempo de detenção juntos sem falar uma palavra, Seonghwa já havia pensado muito nisso, muito mesmo, por tempo demais, era um assunto muito delicado pra sua família, até mesmo entrou em contato com a mãe, Medusa havia aprovado o pedido do filho, mesmo tendo certa raiva do filho semideus de Poseidon a criatura permitiu que seu filho o contasse a verdade.(se tiver dúvidas sobre a Medusa leia as notas finais!)

As aulas haviam acabado a pouco tempo, e ele já se direcionava à sala de detenção, estava ficando nervoso, e se desse errado? E se o Kang humilhasse toda a sua família ali mesmo? E se ele ficasse tão irritado que machucasse o Kang sem querer? Tantas possibilidades assim, assustavam muito o Park.

–Eu volto em duas horas, se comportem.– disse o coordenador antes de trancar os semideuses na sala de detenção, como dizia todo dia.

Agora tudo que se escutava na sala era o barulho das folhas de um livro que o Kang estava lendo serem viradas, ele estava de costas pro Park, e já que era proibido celular na sala de detenção ele passava seu tempo lendo os livros que haviam lá.

Seonghwa estava criando coragem por muito tempo para hesitar falar com o Kang agora, precisava ter força pra chama-lo pra conversar.

–Kang.– disse baixo, um tanto hesitante em chamar o filho de Poseidon.

–Oque você quer?– disse afiado ainda com seus olhos em seu livro.

–Preciso conversar com você.– disse se levantando da cadeira onde estava e caminhando em direção para a mesa que o Kang estava sentado lendo.

–Desde quando eu tenho algo pra conversar com você?– disse agora já olhando pro Park, já que o mesmo se sentou ao seu lado.

–Só me escuta.– disse calmo, olhando nos olhos do Kang, que de alguma forma, entendeu o sentimento de Seonghwa no momento, não era hora de brigar.

                     ☆ ★ ☆

Seonghwa explicou toda a situação do que a família do Kang havia feito pra sua, e que necessariamente, não era culpa do esverdeado, ele só não sabia a verdade e consequentemente estava agindo da maneira errado a tal situação, respondeu todas as dúvidas do Kang, e o mesmo foi extremamente compreensivo, ele era realmente um garoto muito esperto, afinal de contas, em que história você confiaria, na do seu pai, ou na do garoto que você odeia, poisé, Yeosang podia simplesmente surtar e chamar Seonghwa de mentiroso, mas o Kang sabia muito bem que seu pai não era flor que se cheire.

–Nossa, eu sabia que ele não era bom, mas isso é….Demais.– disse ainda extasiado pela descoberta recente.

–Realmente.– os dois riram levemente pelo tom do Park ao falar, o ar pesado entre os dois havia se dissipando, ficando mais tranquilo e confortável, Hongjoong estava realmente certo quando disse que o melhor era contar o Kang a verdade.

–Obrigado, de verdade, por aceitar isso também, eu podia jurar que você que tentaria dar um murro agora.– terminou rindo, estava confortável com a presença do Kang.

–Eu que te agradeço por me contar a verdade.– disse calmo, a voz do filho de Poseidon era realmente tão calma quando o som do oceano, confortável de se ouvir.

E desse papo eles foram conversando sobre coisas da vida, diria que até se conhecendo mais, estavam muito relaxados um com o outro agora, tão relaxados, que nem notaram o tempo passar, só notaram quando o coordenador retorna para liberar eles da detenção.

–Parece que vocês estão mais tranquilos hoje, que bom, enfim, então liberados.– disse o homem que acaba de chegar para liberar os dois semideuses da detenção, ele parecia sinceramente aliviado pelos dois garotos terem se conciliado.

Ambos se levantam em silêncio, agora não mais um silêncio massante e desconfortável, só silêncio.

–Obrigado de novo Kang, topa almoçar comigo e com os garotos amanhã?– disse quando os dois já estavam pra fora da sala.

–Não precisa agradecer, e eu adoraria.– disse com um sorriso nos lábios.

Depois de se despedirem, ambos se direcionam para o seu rumo, Seonghwa caminha para o seu dormitório, que dividia com Hongjoong, já avistando o azulado do lado de fora o esperando.

–Eaí?– ele nem ao menos parecia preocupado, acho que ele consegue ler as expressões de Seonghwa.

–Foi tudo bem, ele realmente é muito compreensivo.–disse sorrindo abertamente para o Kim.

–Só isso?– disse sugestivo com uma das sobrancelhas levantadas e com os braços cruzados.

–Tá bom.– disse desistindo e falando oque o amigo tanto queria ouvir.–Você tava certo.–

–Claro que eu tava, sempre estou.– disse Hongjoong em tom de brincadeira, mas não era mentira.

Seonghwa vai começar a ouvir o Kim mais vezes.