Oque Tem Que Ser Feito.

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Yunho corria com todas as suas forças até a janela do refeitório, precisava sair dali, pra sobreviver e pra ajudar a todos.

Quando finalmente chega perto da grande janela, uma rajada de vento o empurra para trás, o desequilibrando, mas ele se fez forte e não caiu.



Pos suas mãos no batente da janela, as machucando, já que a pouco tempo os vidros haviam sido estilhaçados, ele nem ao menos sentia a dor dos pequenos cacos em suas mãos, só focava em sair dali.



O refeitório dava de frente pro campus escolar aberto, então não foi problema ele se por para o lado de fora, no momento que pulou pela janela sentiu um medo subir pelo seu espinhaço, tantos raios que chegavam a ferir sua vista.



O garoto que antes já estava molhado pela pouca água que caía dentro do internato agora estava encharcado pela água que caia do céu diretamente em si. Os raios estavam próximos dele, mas ele nem ao menos fraquejou, queimava levementes seus olhos pela luz tão forte, um barulho tão estrondoso que chegava a ferir seus tímpanos, mas, sabia oque tinha que fazer.



Se afastou das paredes do internato e caminhou para o centro do campus, estava nervoso, mas nem ao menos podia mostrar, sabia quem provocava aqueles raios, mas não por que.





Parou em meio ao campo na intenção de ser o centro da atenção do cara lá de cima.





–Vai só lançar seus raios em nós??– berrou a plenos pulmões olhando pro céu, nem se importava com os raios que poderiam o atingir naquele momento, só queria ser ouvido e ter respostas.



Seu grito foi tão alto que ecoou pelo campus vazio.



–É isso? Vai nos punir por algo que nós nem sabemos oque é?– berrou novamente, sabia que ele podia o escutar, sabia que ele podia responder, então por que não o faz?



–Você nem ao menos teve coragem de falar comigo em toda a minha vida, nem ao menos um mensageiro, você é só um covarde que se esconde por trás de seus raios!– disse já fechando os punhos em raiva, sentiu seus olhos arderem.



Quando tudo finalmente estava caminhando para um bom lado da vida, quando tudo começou a se acertar, de repente seu pai ausente se faz presente para acabar com tudo, ferindo seus amigos, destruindo o lugar que ele chamava de lar, pondo sua própria vida em risco, e sem ao menos dizer o motivo, ele realmente merecia tudo isso?



Seus olhos já não seguravam mais, chorou em meio a chuva de raios, estava quase se deixando ser acertado por um deles, já estava sem forças.



Abaixou a cabeça num ato de desistência de se comunicar com o Deus do Olimpo.



Só se permitiu chorar, ergueu as mãos para que pudesse vê-las, oque pensou foi que, se pelo menos pudesse controlar aqueles raios, conseguiria tirar todos daquela situação, mas nem pra isso ele servia.



Chorou tão forte que se fez presente os soluços.



Só queria ver seus amigos bem, e nessa situação, era possível nem os ver mais. O internato podia desabar com todos dentro, todos aqueles que ele amava.



–Você é uma desonra no meu sangue.– ecoou uma voz grossa e forte pelos céus, sabia muito bem quem estava ali, era ele.



–Desonra?– disse baixo ainda olhando pras suas mãos e com a voz chorosa.



–E uma desonra merece ser apagada.–



–Nada vai me impedir de apagar tal fracasso.– foi a última coisa que se ouviu dos céus.





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