Oque Você Vai Fazer?

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Estava tudo escuro, os garotos no cômodo nem se enxergavam, a única claridade ali vinha dos raios que estavam caindo do lado de fora, as nuvens carregadas estavam tão negras quanto os cabelos do Jeong, estava começando a queimar a grama ao redor do campus do internato. 

A escuridão é amenizada quando o Song cria uma chama na palma da sua mão logo ao se afastar do Jeong, para não machucar o mesmo.

–Precisamos encontrar os outros.– disse o Song em tom de liderança, e ele estava realmente certo, precisavam descobrir oque estava acontecendo e resolver o mais rápido possível. 

–Ok.– o filho de Zeus afirmou, logo remexendo uma gaveta de sua mesa, a procura de algo, ele tira de lá uma lanterna.

–Vamos.– disse com firmeza.

Saíram do dormitório em busca de respostas e de seus colegas. 

–Vou ligar pra eles.– disse alguns passos atrás do Song, esse que apenas concordou com a cabeça.

Alguns segundos do toque do celular do Jeong foi ouvido, mas logo a chamada foi atendida. 

–Hongjoong?– disse ao ver que havia sido atendido.

–Yunho? Tá tudo apagado, a gente só tá com a lanterna do celular aqui, que tanto de raio é esse? Isso é você?– disse o Kim pela chamada de celular, num misto de desespero e uma falsa calma.

–Calma, não fui eu que fiz isso, se encontrem com a gente no refeitório acho que todos os outros estam lá também.– disse com calma, queria transmitir confiança para o azulado.

–Estamos indo.– disse o Kim por último finalizando a ligação. 

Os dois não tinham visto nenhum semideus pelo corredor, então era correto assumir que todos estavam reunidos num lugar só, lugar esse que só podia ser o refeitório, por ser o único lugar com capacidade para tanta gente.







Chegando na cantina, haviam pequenas luzes, luzes essas que estavam sendo feitas pelos inúmeros celulares acessos, fora os lampejos repentinos que vinham das grandes janelas do lugar, que eram causados pelos raios que caiam no lado de fora.

Os semideuses estavam divididos em grupinhos de conversa, até que estava tudo controlado, os professores dominaram a situação bem, mas Yunho notou que muitos semideuses o encaravam feio.

–Aí, você não é filho de Zeus? Conserta essa merda!– gritou de longe um semideus desconhecido em tom de piada.

–Ele não consegue, nem ao menos consegue soltar um raio sequer!– disse agora uma voz feminina.

–Vai ver é ele que está fazendo essa merda lá fora!– disse outro semideus desconhecido. 

Claro, todos achavam que era sua culpa tal malfeito, mas o pobre Jeong nem ao menos sabia porque tudo isso estava acontecendo, e não tinha o menor controle sob isso, tudo que estavam lhe dizendo eram como facas perfurando seu coração, ele não tinha culpa daquilo, mas mesmo assim, sentia que tinha. Até mesmo os deuses que eram seus professores estavam o olhando torto.

Queria poder consertar tudo agora mesmo, mas não conseguia, queria ter tal poder e ajudar o internato, ajudar até mesmo aqueles que duvidavam de si, porque queria mostrar pra eles, mostrar que conseguia sim controlar seus poderes.

Tantos os olhos o julgando, tantos pensamentos negativos contra si, todos duvidavam de sua capacidade, era tanta coisa em cima de seus ombros, que o derrubava, o deixava abalado, era pra ele conseguir fazer tudo aquilo que os outros esperavam, era sua obrigação. 

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