1 - O começo, Taylor's pov

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Met Gala, 2016

Anualmente acontece o grande evento de celebridades: Met Gala. O objetivo é ótimo, mas nesses últimos anos serviu apenas como um covil de cobras. Eu sou acostumada com tudo do mundo venenoso dos famosos, mas meu caráter nunca me deixaria aceitar em minha vida todas aquelas pessoas com tais costumes. Presos aqui estão todos os segredos que cada um guarda de si, fora das páginas de fofoca, e eu conheço cada um. Cada segredo. Mas eles não conheciam os meus e não tinham como me derrubar com nada, era o que ingenuamente pensava.

Estou em perfeitas condições na frente dos flashs insistentes que deixam bolinhas coloridas na minha visão por uns minutos. Uso um vestido com estampa figurada de pele de cobra e saltos pretos que levam fitas até meus joelhos. Faço carão com meu delineado afiado o suficiente para matar um homem e a mão na cintura, balançando meus cabelos loiros. Estava me sentindo poderosa e confiante o suficiente com toda aquela produção.

Sinto, por algum motivo, que esta noite será caótica e dramática, exatamente como eu gosto. E espero que seja mesmo. Esse Met Gala precisa de um pouco de emoção, todos são tão robotizados, isso me faz revirar os olhos.

Olhando as pessoas dali, todas posando, sorrindo e acenando, meu olhar estaciona com calma em uma figura mais nova de S/a e C/c. Estava com um vestido longo vermelho nada tradicional, lábios volumosos com algum gloss brilhoso e saltos que a dava alguns centímetros a mais. Não demorou muito para reconhecê-la, não sendo uma tarefa difícil, a mulher é uma das novas atrizes mais famosas. Em todas as atuais produções ela está sendo inserida. Com certeza tentarei falar com ela na festa Pós-Met.

Desviei meus olhos da mulher antes que ela percebesse e eu tivesse que fazer o maior papel de doida. Comecei a procurar meu atual caso: Tom Hiddleston. Ele é carinhoso e atencioso, mas eu vejo que talvez não seja tão recíproca em nosso relacionamento; me sinto distante como se não o conhecesse e nem estivesse interessada. Quando falei sobre isso para a Cara, mesmo eu estando visivelmente errada, tive que ouvi-la falar de todos os defeitos do Tom, que são poucos, para me convencer de que eu não estava tão errada assim. O tópico foi a calvície dele, que acabou sendo o único defeito.

Bom, ele acaba me achando primeiro. Percebo isso quando sinto o perfume forte masculino no ar e braços de terno me envolvendo num abraço apertado por trás. Me viro para ele em falsa surpresa.

- Você está maravilhosa. - Ele sussurrou no meu ouvido enquanto eu envolvia meus braços em seu pescoço para abraçá-lo. - Por que ainda está aqui perto do tapete? Achei que já estivesse lá dentro.

- Ah, eu estava... - Penso por uns segundos para não dizer que estava ocupada olhando de cima a baixo uma atriz muito magnética. - Eu estava olhando o local. Muito bonita a estrutura esse ano. - Franzi levemente o cenho, insatisfeita com minha própria mentira.

- Sim! Muito chamativa, eu achei. - Ele sorri e eu fico aliviada por ter acreditado.

Passou o tempo do evento, havia me divertido lá, surpreendentemente! Não vi mais a tal atriz, mas conheci um loiro de cabelo rapado e olhos azuis chamado Joe Alwyn. Dancei com ele quando sumia da visão de Tom e acabamos nos conhecendo um pouco, o achei divertido por mais que fosse tímido. Os acompanhantes dele sumiram e eu ofereci uma carona para a festa Pós-Met já que ele disse não ter carro; ele aceitou com prontidão.

Quando chegamos nos portões da mansão que irradiava música alta e cheiro de bebida alcoólica, o portão automático se abriu e adentramos no estacionamento. Levou longos minutos para o meu motorista achar um lugar para estacionar, mas quase o agradeci quando desci do carro e a vi novamente. Saindo de um carro preto largo como todos os outros, seu vestido vermelho estava mais solto e desarrumado depois do evento, mas seu rosto continuava magicamente lindo.

Mais que uma noite em NWOnde histórias criam vida. Descubra agora