Capítulo 24

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Babi narrando

Menor: tu sente falta da sua casa?

Babi: nem um pouco. - sou totalmente sincera.

Não sou nenhuma maluca que romantiza um sequestro.

Se eu tivesse uma família, ou melhor, um pai que me amava e não estuprava garotas. Eu com certeza teria achado isso tudo uma merda.

Mas porra, meu assaltante mataria alguém por mim. Enquanto meu pai me mataria por sua carreira.

Menor: porra, na sua casa era tão ruim assim?

Babi: pior que era. - rio.

Menor: que complicado, linda. - o pedido chega e começamos a comer. - eai, oque tu pretende fazer depois que sair daqui?

Me pergunto se o Victor contou tudo isso pra ele. Porque pelas perguntas que ele faz parece saber tudo oque está rolando.

Babi: hum, não sei.

Não posso ignorar o fato de ele ser um completo estranho, meu plano de sumir não vai funcionar se eu sair contando pra todo mundo.

Babi: mas eai? Quanto tempo tu tá no complexo?

Menor: faz pouco tempo, eu era la de São Paulo. - ele diz comendo o macarrão.

Babi: porque veio pra cá?

Menor: gosto do Rio de Janeiro. E a meta de vida é pegar sotaque carioca.

Dou risada.

O jantar foi muito legal.

Depois ele me levou dar uma volta de moto, descemos em frente a um barzinho e nós beijamos.

Foi legal.

Menor: vamos lá pra casa. - odeio essa parte.

Babi: desculpa mas eu não posso, amanhã eu e o Gabriel vamos resolver algumas paradas.

Da de ver a frustração em seu rosto.

Não vou pra casa dele, mal o conheço.

Transei com o Victor? Sim. Mas porra, querendo ou não eu tô convivendo com ele, sei que ele não faria nada sem minha permissão.

E também sei que tinha gente por perto.

Mas só eu e ele? Não, ainda não estou pronta para isso.

O Menor me beija e agora não é um beijo tão legal assim. Ele tenta colocar a mão na minha bunda mas eu a tiro.

Menor: tu não quer?

Babi: não dá, tô menstruada. - digo a primeira desculpa esfarrapada que vem na minha cabeça.

Menor: nossa, perdão. - ele fica sem graça. - vou te levar até sua casa.

" minha casa ", irônico ouvir isso.

🌙

Chego em casa e vou direto ao quarto do Gabriel.

Bak: Babi? - ele me encara.

Babi: acho que vacilei, Gabriel. - suspiro fundo sentindo o aperto no peito.

Odeio ficar assim toda vez que um homem toca em mim.

Bak: oque aconteceu?

Ele abre espaço e eu deito do lado dele.

Babi: o Menor me chamou pra ir pra casa dele. Eu recusei e ele me beijou. Sei que não foi culpa dele, mas eu senti medo Gabriel. Um medo apavorante.

Bak: ele te forçou a alguma coisa? Eu juro que mato ele Bárbara.

Babi: ele não me forçou a nada, não foi culpa dele.

Gabriel e eu conversamos um monte e eu acabo dormindo junto com ele.

Odeio homens e não confio em nenhum deles. Mas esse cara do meu lado é a única exceção.

Continua...

Fanfic bateu mil vizu!!

Querem uma maratona de recompensa? ( se sim, comentem que sim ).

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