Capítulo 56

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Bárbara narrando

Termino de tomar as pílulas e sinto meu corpo mais leve.

Lorran: vamos, Bárbara. Seu pai chegou.

Ele me acompanha até a cozinha e eu me sento na mesa, encaro a faca e penso sinceramente em enfiar ela no pescoço do Sérgio.

Assim que a porta se abre, eu nem dou o trabalho de olhar. Oque eu menos quero ver é a cara daquele homem.

Mas escuto meu nome, não foi Sérgio que falou. Encaro a porta e vejo o Gabriel algemado.

Levanto da cadeira e corro em direção dele.

Babi: Gabriel. - o abraço - como você está? Oque está fazendo aqui?

Bak: eu tô bem, e não sei o porque ele me trouxe aqui. Oque você fumou pra voltar pra essa casa?

Babi: desculpa, é que a vida do meu melhor amigo estava em perigo. Não liguei para as consequências.

Bak: nossa, eu amo tanto você. - ele beija minha festa. - vamos tirar você daqui. - ele fala no meu ouvido.

Sérgio: pode separar agora.

Me solto dele.

Babi: porque ele está preso ainda? O combinado era eu no lugar dele, eu estou aqui, agora cumpre sua parte do acordo.

Sérgio: não vou soltar ele, Bárbara. Porém, posso adiar a morte dele se você colaborar. Eai? Não vai dar um abraço no seu pai?

Babi: não quero ficar perto de você. - eu vou até a cozinha e Gabriel me acompanha.

Ele se senta na cadeira ainda algemado. Lorran está com a arma na mão, esperando pra agir caso algo fuja do controle.

Babi: como ele vai comer sem usar as mãos?

Lorran: não posso fazer nada, se Sérgio liberar para tirar as algemas, eu tiro.

Babi: oque fizeram com você la? Você tá machucado?

O rosto dele não está ruim. Tem alguns cortes pequenos mas nada muito terrível.

Bak: eu tô bem, babis.

Ergo a camisa dele e encaro os ematomas.

Babi: isso não parece ser "bem".

Bak: vou ficar bem.

Babi: me desculpa.

Bak: porque tá me pedindo desculpa?

Babi: se não fosse eu, você não teria passado por isso.

Bak: eu passaria por tudo denovo pela sua segurança, Bárbara.

Babi: não me assusta assim nunca mais, eu não sobreviveria em mundo que você não está do meu lado.

Sérgio: desculpa atrapalhar os pombinhos. Mas vamos jantar.

Sérgio solta as algemas dele, só então que eu vejo o jeito que as mãos de Gabriel está machucada.

Ele fez isso de propósito, Gabriel jamais conseguiria reagir a algo com as mãos nessa situação.

Sérgio: trouxe ele aqui por você, Bárbara. Pra você se despedir.

Babi: não faz nada com ele. Eu estou na sua casa. Não era isso que você queria?

Sérgio: não vou deixar um bandido fugir.

A Maria serve a comida pra gente.

Me pergunto oque Sérgio faz para comprar o silêncio de tantas pessoas.

Começamos a comer.

Sérgio: como foi virar marmita de bandido, Bárbara?

Bak: como é comer menina que tem idade pra ser sua filha?

Babi: Bak, deixa.

Sérgio: só não te mato agora, porque não quero um banho de sangue na minha cozinha.

Esse jantar foi bom, fiquei falando com o Gabriel o tempo todo.

Ele me explicou por códigos que Victor está vindo.

Sérgio se levanta e sai da cozinha.

Babi: Gabriel.

Bak: oque?

Babi: eu me dopei. - falo bem baixinho.

Lorran: eu preciso escutar oque vocês estão falando.

Reviro os olhos e Gabriel me encara.

Bak: vomita isso agora.

Babi: não dá. - respiro fundo. - se não der certo, eu não tenho mais. Eu vou ter que viver aqui pra sempre.

Lorran: oque você não tem mais, Bárbara?

Ignoro.

Bak: meu deus, você tentou se mat.. - ele percebe oque ia falar e para. - eu não saio daqui sem você. Vomi...

Não escuto oque ele tá falando, tá tudo rodando..

Complexo do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora