Capítulo 28

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Maratona 4/8

Coringa narrando

A comida chega e eu encaro a Bárbara.

Tô assustado.

Entrei no banheiro pensando na nossa rapidinha e quando entrei no box a garota estava chorando.

Perguntei oque estava acontecendo e ela não disse nada, então eu abracei ela e não conversamos sobre.

Mas agora estou puto. Oque aconteceu pra menina chorar depois de um boquete?

Quem fez isso com ela? Porque ela está chorando? Quem que vou ter que dar uma lição?

Tantas perguntas...

A Babi vai no banheiro com a Carol.

Bak: você tá de boa?

Coringa: aham.

Sei que o Gabriel é muito importante pra ela, mas não devo contar algo assim.

Se realmente fizeram algo com ela, só devem saber se sair da boca dela.

🌙

Coringa: já sabe porque estou aqui, né? - me sento do lado dela na cama. - trouxe um chocolate pra você, quando a Carolina esta mal isso sempre a ajuda.

Ela ri e pega o chocolate.

Babi: quer saber o porque eu chorei?

Coringa: quero. Fui eu.. eu fiz alguma coisa?

Por um momento sinto um aperto no peito.

Babi: não, você não fez nada.

Suspiro de alívio.

Babi: Victor.. isso é um assunto delicado pra mim, eu tenho alguns gatilhos quando tenho relação com um homem porque..

A aconchego no meu abraço.

Babi: já fizeram coisas sem a minha permissão. E quando eu tenho relação ou qualquer coisa do tipo, eu tenho medo e pavor, porque eu lembro de tudo que já aconteceu. Eu tomo banho, mas mesmo assim ainda parece que tenho a sujeira das mãos dele tocando em mim. Eu não consigo explicar..

Sinto um líquido caindo em meu braço e percebo que ela esta chorando.

Eu estou com raiva, estou com muita raiva. Só quero matar o filho da puta que fez isso com ela.

Nenhuma mulher merece passar por uma situação dessas. Se eu pudesse eu matava um por um que toca no corpo de uma garota sem sua permissão.

Coringa: Bárbara, me fala quem foi que fez isso. Eu posso dar um jeito na pessoa, posso fazer ela pagar.

Babi: não, não iria adiantar. - ela limpa as lágrimas.

Coringa: aqui ninguém nunca vai fazer isso com você, abusador não tem voz alguma na minha favela. E escuta, enquanto eu e os meninos estiver por perto de você, nada disso vai acontecer. Eu te prometo isso, você tem a porra da minha palavra.

Ela dá um beijo no meu pescoço.

Babi: obrigado, isso significa muito pra mim.

Escorre ainda mais lágrimas de seus olhos.

Continua...

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