Capítulo 2

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Capítulo 2
A Chuva pode te fazer voltar atrás

Trilha Sonora: Dreamboat Annie - Heart

Cordelia Sybil Liguori

Ou não. Às vezes tudo podia dar errado.

O otimismo que permeava meu coração desmoronou junto com o primeiro som das gotas de chuva no telhado. A alegria fugaz que a cabana recém-animada proporcionara era cruelmente substituída pelo amargo contato da água fria sobre minha cabeça e o chão da cabana, que encontrava seu caminho através de frestas e fendas no teto envelhecido.

O ritmo constante da chuva transformou-se em uma sinfonia de goteiras, me fazendo correr, escorregando, caindo e sentindo minha bunda doer de maneira que pela primeira vez quis soltar um palavrão, enquanto soltava as panelas para que eu pudesse fechar os olhos, enquanto tentava me reerguer, desajeitada e minha esperança de encontrar refúgio foi tragada por cada pingar insistente que molhava tudo. O que deveria ser um abrigo e uma noite de sono, tornou-se uma batalha onde tive que correr de um lado para o outro, passando a noite em claro.

Com pressa — e agora dor—, voltei a me mover pela cabana, buscando mais panelas e baldes, improvisando uma defesa temporária contra a invasão da água da chuva. O som retumbante das gotas colidindo com os receptáculos ecoava como uma triste melodia, e lágrimas de raiva e frustração se misturavam à água que se infiltrava, caindo e me molhando.

Enquanto a chuva persistia, a solidão tornava-se uma presença palpável. O silêncio da cabana era rompido apenas pelos pingos incessantes e pelos soluços contidos de quem se via à mercê da intempérie. Cada goteira era um lembrete cruel da fragilidade do refúgio que eu, com tanto esforço, tentara criar para fugir do sentimento de culpa e arrependimento. No dia seguinte eu amanheci com enormes olheiras por debaixo dos olhos, cansada, após uma noite acordada contra minha vontade.

As noites frias abraçavam-me com seu abismo sombrio, e, nas sombras da cabana, eu enfrentava não apenas a luta contra a chuva invasora, mas também a batalha interna contra a solidão e o medo. As lágrimas, como gotas silenciosas, marcavam as noites em que a esperança, desafiada pela tormenta, se rendia à tristeza que fluía, implacável, junto com as águas que se acumulavam ao meu redor.

[...]

EI! O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AÍ EM CIMA?! — O grito de Emilly chamou minha atenção, me fazendo olhar para baixo, vendo ela que me encarava confusa.

EU? — Bati com o velho martelo que eu encontrei sobre a casca — TENTANDO ARRUMAR AS GOTEIRAS! — Bato de novo com o martelo sobre o prego enferrujado.

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