Over the Rainbow - Malila

28 - Beijo

Vou soltar 8 capítulos durante o dia... cuidado pra não pularem os capítulos ❤️

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-- Então se eu te beijasse agora... -- Começou, com a respiração pesada. -- você não ficaria chateada? -- Perguntou mordendo seu lábio inferior, ainda com a voz quase nula, apenas para confirmar se havia entendido certo. Sentiu suas mãos suarem e tremerem, por isso apertou os punhos. 

-- Não. -- Marília respondeu em um fio de voz e Maraisa assentiu, voltando a encarar seus olhos, respirando fundo antes de se inclinar mais, hesitantemente e temeu estar cometendo o maior dos erros. Não deveria estar fazendo isso, não deveria mesmo! 

Até que seus lábios finalmente se encontraram com o doce toque dos lábios de Marília, fazendo ela mudar de ideia instantaneamente. Deveria sim estar fazendo! Já deveria ter feito isso muito tempo atrás. 

Maraisa sentiu explodir dentro de si um pânico diferente, sentiu seu estômago revolver como costumava cada vez que tocava seus lábios nos de Marília, mas foi quando sentiu Marília adentrar a língua em sua boca, aprofundando o beijo, que sentiu como se tivesse sido abduzida. Uma fome que ela nem sequer sabia existir dentro de si se apossou de seu corpo, fazendo ela levar sua mão até a nuca de Marília, com intuito de aproximar mais seus corpos. 

Tratou de beijar Marília com toda a suavidade do mundo, não queria que sua voracidade e impaciência machucassem Marília, já que a mesma tinha um pequeno corte no lábio superior. 

Marília, com seu braço direito, puxou Maraisa para seu colo, fazendo a mesma soltar o tubo de pomada sobre a cama. Maraisa se ajeitou com uma perna de cada lado do corpo de Marília e passou seus dois braços pelo pescoço da mais velha, cuidadosamente para não atingir o local machucado. Maraisa sentiu seu corpo se aquecer ao lembrar que, enquanto sentia a língua de Marília deslizar pela sua, deliciosamente, ela estava no colo de Marília e, bem, o que separava Marília de estar nua era apenas uma minúscula calcinha. 

Foi quando Maraisa arrastou as unhas vagarosamente em sua nuca que Marília apertou com vontade a cintura de Maraisa, fazendo a mesma soltar um gemido involuntário na boca de sua esposa. Marília se sentiu incendiar com tal harmonia para seus ouvidos e isso só aumentou quando Maraisa mordeu seu lábio inferior de forma sensual.  Sentiu o beijo se tornar mais desesperado, mas ao sentir o braço de Maraisa esbarrar seu ombro não conteve em soltar um resmungo baixinho. 

-- Oh meu Deus, desculpe. -- Maraisa pediu. Marília riu negando com a cabeça. -- Sou um desastre, você deveria saber disso. -- Sussurrou sorrindo, selando os lábios de sua esposa sem pressa. -- E por isso deveríamos focar no mais importante aqui: A pomada. 

-- Certo. -- Marília disse rindo, vendo Maraisa se retirar de seu colo e de repente se sentiu envergonhada por estar nua da cintura para cima. Se deitou na cama e logo Maraisa, com mais dificuldade do que nunca, pois havia conhecido o sabor daqueles lábios, aplicou a o conteúdo do tubo nos hematomas de Marília. 

Conversaram coisas triviais após o episódio do beijo e, assim que Maraisa terminou de passar a pomada, Marília preferiu vestir uma camisa branca e fina de botões. Maraisa agradeceu mentalmente por isso e se inclinou, apagando a luz do abajur. 

-- Boa noite, Mali. -- Sussurrou. 

-- Boa noite, Mara. -- Respondeu. Queria dar um beijo de boa noite em sua esposa, mas honrava o que havia prometido à Maraisa quando lhe propôs casamento: Nada seria forçado ali, respeitaria cada vontade e decisão de Maraisa. 

Sentiu os braços de Maraisa lhe abraçarem minutos mais tarde, se aconchegando nas curvas de seu corpo e sorriu para si. Logo caiu no sono. 

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