Fim

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**P.O.V.: Liz**

- Ei, para onde você está indo? - pergunto ao meu lindo marido que passa por mim com um fuzil nas costas.

- Estou indo trabalhar, por quê? - ele pergunta, parando na porta.

- Quem vai buscar as crianças, Alemão? - menciono seu apelido devido à empregada na cozinha; simplesmente não consigo me acostumar com isso.

- Liga para o L7, ele está no morro hoje. Fala para ele buscar o Theo. - ele diz de forma simples.

- Porra, cara, você me estressa, sabia? - reclamo, indo pegar minha bolsa. - Fale com o Lennon para buscar ele na escola. Estou indo para o salão. - falo e pego as chaves do carro.

Nunca achei que seria tão difícil me acostumar com o morro, mas depois de dois anos, me acostumei com tudo.

[...]

**Morta**, essa é a palavra que me define neste momento. Hoje é sábado, então o salão estava uma correria. Ao chegar em casa, as crianças já estavam de banho tomado, vendo TV com o Lennon.

- Mamãe! - Theo é o primeiro a me ver e corre em minha direção para me abraçar. Minha pequena pacotinha também corre e pula no meu colo junto com o irmão.

- Oi, meus amores. - digo, dando um beijo em cada um e depois os deixando no chão.

- Como vai, primeira dama? - Lennon pergunta, vindo até mim e me dando um abraço.

- Ai, que saudade que eu estava de você. - falo pulando no seu colo.

- Meu Deus, você está pesada pra caramba. - ele comenta, me colocando no chão.

- Está me chamando de gorda, L7? - pergunto, irritada.

- Claro que não, meu amor. - ele responde, indo até o sofá. Eu o sigo e me sento ao seu lado com Eloá no colo.

- Conta como está lá. - peço, sentando-me e pegando Eloá no colo.

- Sua mãe e seu pai estão na mesma. Eles só vão parar quando tirarem aquele idiota do posto. Sua irmã está grávida e a Bárbara me ligou ontem, falando que finalmente conseguiu um caso relevante lá em Los Angeles. - ele conta, e sinto a lágrima sair dos meus olhos.

- Sinto tanta falta deles, mas sei que estão melhor e seguindo a vida. E meu irmão? - pergunto.

Depois de tudo, ele ficou muito chateado quando soube que não houve morte e que estava viva. Não aceitou o susto que demos na nossa família, afastou-se de mim, mas continuou trabalhando aqui no morro, mesmo sem olhar na minha cara.

- Continua o mesmo, mas daqui a pouco ele volta. - Lennon responde, olhando para mim.

- Ele sempre volta. - ouço a voz grossa e olho para a porta, vendo meu marido parado ali, mas logo ele se junta a nós. - Ele sabe muito bem que isso foi feito pelo bem de todos, e se fosse ele faria o mesmo. - ele fala, pegando Eloá, que assim que vê o pai, corre para o colo dele.

- Sinto falta disso tudo. Um dia desses estava vendo as postagens do dia que aconteceu, e cara, é muita gente falsa. - comento, lembrando-me das pessoas dizendo que nós amávamos e que não merecíamos.

- Você não viu nada. - complementa Lennon.

- L7, vamos falar de negócios. - diz, deixando Eloá no sofá ao lado de Theo e se levantando.

- Vamos, que eu vou também. - levanto-me junto com o Filipe, que já me olha de rabo de olho. - Que eu vou sim. - falo cruzando os braços.

- O mulher birrenta, viu. - comenta Filipe.

- Filho, fica de olho na Lolo, tá bom? - peço.

- Pode deixar, mamãe. - ele sorri para mim.

Subimos para o escritório do Filipe, e a primeira coisa que Lennon mostra é uma foto do pai do Pedro morto.

- Ele matou o pai, mas ficou como suicídio. Mas foi ele, está nítido. - diz Lennon.

- Ele está em cima de vocês ainda? - pergunto.

- Não, na cabeça dele, só o Filipe se metia com o tráfico. Mas ele será pego, só falta mais um pouco. - completa, mostrando uma mensagem com as informações das casas de prostituição em nome do próprio Pedro e alguns no nome da Brenda.

- Eles já têm o flagrante, e assim que ele for preso... - Lennon é interrompido por Filipe.

- Bu já vai ter um dos nossos lá para acabar com esse verme. - Filipe diz sorrindo.

- Você acha que esta semana o plano será executado? - pergunto.

- Sim, com o Pedro morto, vocês poderão falar a verdade para sua família. - diz Lennon, e sinto o peso sair das minhas costas só de pensar que vou ficar com minha família e vê-los novamente.

- Sim, se possível, amanhã mesmo eles vão pegá-lo. - diz Lennon, fazendo-me dar um sorriso.

- Por hoje é só, ou tem mais? - pergunta Filipe já cansado.

- Sim, por hoje é. Amanhã vou lá para a salinha para acertar as coisas antes de ir para a pista. - diz, levantando-se e se despedindo.

**Amor**, escuto Filipe me chamando da cozinha. Saio do quarto das crianças e vou até ele.

- Oi. - digo, indo até ele e pegando uma uva que ele estava comendo.

- Dormiram? - pergunta, puxando-me pela cintura para ficar na minha frente, e apenas confirmo com a cabeça. - Já te falei que te amo para caramba. - diz, afastando meu cabelo para trás.

- Também te amo para caramba. - falo e puxo ele para um beijo.

- Vamos para isso, Ster, e não vou sair do seu lado nunca mais. - diz, separando o beijo.

Fim,de verdade dessa vez

Gente obrigada por terem lido a história .

Mais pra frete vou posta um livro que estou escrevendo também .

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Por você -Filipe Ret Onde histórias criam vida. Descubra agora