Fui para escola de ônibus, porque minha mãe estava enchendo meu saco, então preferi ir de ônibus.
Quando acabaram as aulas a Anna Luiza veio praticamente correndo até mim:
- Então vamos tomar sorvete? - ela falou seguindo de um enorme sorriso amarelo.
- Vamos sim, mais você conhece uma boa sorveteria?
- Tem uma perto do meu prédio, e depois que tomarmos o sorvete a gente pode ir na minha casa.
- Pode ser - falei meio desanimado, mais não afetou ela.
Chegamos na tal sorveteria e eu pedi um sundae de chocolate e ela pediu um milk-shake de morango. Ela começou a falar dela e do que gostava, em quanto eu ficava pensando numa frase que eu tinha lido em um livro:
"Existe uma coisa deliciosa em escrever aquelas primeiras palavras de uma história. Você nunca pode dizer exatamente aonde eles irão te levar. A minha me trouxe exatamente aqui".
(Fazendo meu filme 2 - Fani na terra da rainha)
- Alôôôôôô, Caleb volta pra terra!! - ela praticamente gritou, como se eu fosse surdo.
- Aham? O que? - eu estava pensando em frases, mais ela me perguntou algo.
- Gosto de músicas, de escr - por um momento eu quase revelei o meu maior segredo, e não iria compartilha-lo com ninguém ainda, então limpei a garganta e continuei - quer dizer, gosto muito de ler.
- Hum, já que terminamos de tomar o sorvete que tal dar uma passadinha rápida na minha casa? Minha mãe está fazendo torta de morango - ok, eu posso gostar de torta de morango, mais nem conhecia ela direito, então inventei uma desculpa rápida.
- É que minha mãe está me esperando em casa para sairmos, fica para outro dia - ela pareceu nem ligar muito.
Nós nos despedimos com beijinhos e eu fui pro meu prédio enquanto ela estava indo pro dela.
***
Cheguei em casa e fui direto pro quarto, o que eu mais queria era ouvir minhas músicas e escrever algumas frases, mais a minha mãe atrapalhou todos os meus planos:
- Caleb, posso entrar?
- Sim, mãe - ela abriu a porta e sentou no canto da minha cama.
- Como foi o encontro? - ela parecia ansiosa.
- Mãe já te disse que não foi um encontro, eu nem conheço ela direito, e só fomos tomar um sorvete.
- Eu sei meu filho. Não está com fome? - apesar de estar faminto conseguia aguentar mais um pouco.
- Estou, mais daqui a pouco eu vou, só vou arrumar algumas coisas ai eu vou" - ela fez que sim com a cabeça, beijou a minha testa e saiu.
Eu fiquei mais 5 minutos no quarto e fui almoçar, e sem querer me lembrei do momento quando era criança e minha mãe de verdade vinha me chamar pra comer, aqueles momentos que participaram da minha vida, que fizeram uma grande mudança nela, mais por causa das circunstâncias fui largado por eles, o que me abalou muito. Mas me ajudou a ser quem eu sou hoje.
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O viajante do tempo
Teen FictionNão copie ou reescreva sem autorização da autora (eu). Plágio é crime e pode levar à multa ou até a prisão. Se ficarem sabendo que alguém está me plagiando me avisem por favor! Agradeço! Muitos acham que a vida pode ser cruel, mais fique sabendo, q...