O viajante do tempo

Capitulo 10

        Quando acordei, ouvi alguém conversando com a minha mãe:

         - Oi, Tia Maya. Eu queria saber se o Caleb já acordou? É que ontem, ele faltou na aula, e  teve uma prova muito importante de História. - era a Julia.

         - Oi querida, ele ainda não acordou, mais depois da aula, pode vir, ajudar ele a estudar pra prova. - minha mãe falou.

        - Ah, OK então. - e ouvi o barulho da porta sendo fechada.

        Fiquei pensando o que a Beatriz tinha falado, naquele dia no telefone. Ela tinha mencionado que a Julia, tinha um quedinha por mim, mais eu nunca tinha percebido isso e por isso ela, achou que não haveria chances comigo, já que eu gostava da irmã dela. Pensei em ir pra aula, mais não queria encarar a Julia. Vai que a Beatriz contou tudo sobre a nossa "conversa", e tenha botado a Julia contra mim.

        Decidi, ligar para a Julia, como ela costuma andar a pé, até a escola, dava tempo de eu falar com ela.

        Chamando...Chamando...Chamando...Atendeu...

         - Oi Caleb. - ela falou, e percebi que ela tinha dado um sorriso.

        - Oi Julia, só queria avisar que eu não vou á aula novamente, mais tudo bem você vir aqui em casa me ajudar a estudar pra prova de história. - falei um pouco sem graça.

        - Ok, então está marcado. Eu também queria conversar com você, à respeito da Beatriz. Sim ela me contou da briga entre vocês, mais nem tudo eu acredito. Eu acho que você não foi capaz daquilo! - percebi que ela falava num tom de decepção.

        - Dependendo do que ela falou, pode ser até verdade. - falei mais envergonhado.

        - Tchau, acabei de chegar na escola, mais tarde a gente esclarece tudo. - ela falou com a voz um pouco triste.

        - Tchau Julia. - assim, ela desligou o celular, e eu fiquei olhado pro céu, através da janela do meu quarto.

        - Desci, para o jardim do prédio, e deitei naquela grama sintética e fiquei olhando para aquelas nuvens, que impressionantemente formavam várias formas no vento. Senti que alguém se deitava ao meu lado, mais nem me preocupei em olhar para o lado, só queria admirar, aquelas lindas nuvens.

        - É, parece que você também está preocupado com a vida. - olhei para o lado, e vi uma bela jovem de olhos castanhos, e que também estava olhando para o céu.

        - Desculpa, mais nos conhecemos de algum lugar? - falei, tentado me recordar daquele rosto.

        - Sim, agora acabamos de nos conhecer. Prazer, meu nome é Kathelin. - ela falou estendendo a mão.

        - Prazer, eu sou o Caleb. - falei, apertando a mão dela.

        - Você parece muito preocupado com algo Caleb. Também estou preocupada. - ela falou, agora olhando em direção ao céu. - Sempre venho aqui, quando estou com problemas, o que é diariamente.

        - É, a vida sempre esta pregando peças em nos. - falei com um sorrisinho no rosto. Ela riu.

        - Desculpa à pergunta, mais você tem quantos anos? - ela perguntou, olhando para os meus olhos.

        - Tenho 15 anos, e você? - falei a encarando.

        - Tenho 11. - ela falou, mais parecia mentira, ela é bem alta, e tinha aparência de 16. - Eu sei que você pode está achando que eu estou mentido, mais essa é a minha idade verdadeira. - parecia, que ela tinha lido os meus pensamentos.

        - É, eu pensei mesmo. - falei timidamente.

        - Me conte, qual é o seu problema? - ela falou bem curiosa.

        - Uma garota. - falei lembrando daqueles momentos, ao telefone, e no mesmo instante fiquei triste.

         - Oh, me desculpe, não devia ter perguntado. Você ficou triste na hora. - ela falou, querendo me pedir desculpas.

          - Não precisa pedir desculpas, isso é passado pra mim. E o seu problema?

         - Minha mãe, quer me por em um colégio interno, mais eu não quero ir! A minha mãe, fala que eu sou muito levada, e se eu não começar a me comportar, ela vai me colocar ano que vem. - ela falou com uma pitada de raiva na voz.

        - As, mães sabem o melhor para nos.

        - Ah, mais me por em um colégio interno, já é maluquice. - ela me fez rir. Aquele seria o começo de uma nova amizade.