A HISTÓRIA DE SARELLE - Twilight ( Tradução )✓

CAPÍTULO 10

O futuro pode ter me dado £ 1.238, mas logo começou a tirar isso de mim.

Eu estava nesta Flórida estranha e movimentada há apenas duas semanas, mas já havia gasto US$ 150 e isso foi apenas em transporte, algumas roupas e algumas refeições extras.

Eu realmente não precisava de comida extra, uma refeição por dia no albergue era suficiente para me manter ativo, mas os cheiros que saturavam o ar, quando você vagava pelas ruas, me davam água na boca e me atraíam. Eu até tentei lutar contra a vontade de comer, estava me empanturrando de comidas como pizza, batatas fritas e hambúrgueres. Se no passado tivessem comida assim, as pessoas nunca teriam reclamado da insipidez de suas refeições.

O transporte, porém, era uma necessidade. Eu só conseguia andar até certo ponto antes de me cansar. Isso significou que fui forçado a gastar US$ 1 para viajar pela cidade no que aprendi a ser um ônibus. Era basicamente apenas um meio de transporte apertado, no qual as pessoas se ignoravam, embora estivessem próximas.

Os únicos dois lugares para onde viajei regularmente foram a biblioteca e a loja de música e instrumentos.

Só quando entrei na biblioteca pela primeira vez é que percebi o quanto sentia falta da minha educação. Eu não frequentava uma escola há quase 3 anos e senti que meu cérebro quase ansiava pela chance de ler e absorver conhecimento.

Sempre fui inteligente e aprendi rapidamente, então a visão dos milhares de livros fez minha mente zumbir com a excitação do conhecimento que eles continham. Suas lombadas coloridas estão todas amontoadas nas prateleiras implorando para serem removidas.

Comecei de forma simples, lendo livros de história para tentar entender como o mundo havia mudado de uma sociedade simples que se orgulhava do senso de comunidade para uma época em que os vizinhos não conversavam e o estado de nudez estava na moda.

Ao longo dos dias, abarrotei minha cabeça com clássicos da literatura, uma breve história americana, como a tecnologia se desenvolveu, até mesmo os livros áridos sobre ciência e inglês. Fiquei longe da matemática. Não era minha área de interesse. Eu sabia o suficiente para sobreviver neste mundo. Adição, subtração, o básico.

À medida que a semana chegava ao fim, meu cérebro estava saturado de novos conhecimentos, eu só queria ter alguém com quem discutir tudo. Eu senti como se tivesse tudo trancado dentro de mim, mas tudo que eu queria fazer era deixar isso explodir para fora de mim. Para compartilhar meu entusiasmo com alguém que pudesse entender por que eu estava tão entusiasmado em aprender.

Com alguém que entendia porque tudo isso era novo para mim. Pela primeira vez em tantos meses, desejei poder falar com Aslo.

Pode ter sido uma indiferença não ter pensado nele por tanto tempo, mas ganhei amigos tão gentis em DeSoto. Eu ainda pensava nele de vez em quando, mas não com tanta frequência porque estava feliz com minha vida finalmente tendo amigos para preenchê-la.

Porém agora eu voltara a não ter ninguém e continuaria a não ter ninguém. Mas acima de tudo ele sabia tudo sobre mim. Ele entendia a viagem no tempo, entenderia por que eu amava tanto a biblioteca, por que os livros cheios de fatos e ficção acendiam minha imaginação.

O outro lugar que visitei com frequência foi a loja de música.

Desde que saí do asilo eu queria continuar tocando piano. A taverna não tinha e não consegui encontrar um lugar em DeSoto que me deixasse tocar, com medo de quebrar o piano.

No entanto, a loja de música aqui tinha um ótimo piano de cauda e você era livre para tocá-lo pelo tempo que quisesse, sem nenhum custo. Esta foi a principal razão pela qual passei tanto tempo lá. Eu amo a sensação das teclas de marfim sob as pontas dos meus dedos e o som suave, mas forte que elas produziram, me levou de volta ao tempo que passei com Edward. Naquelas muitas tardes ele se sentava ao piano e tocava melodias alegres para mim. Alguns eu reconheceria, outros ele apenas inventaria batendo em várias notas.