A HISTÓRIA DE SARELLE - Twilight ( Tradução )✓

CAPÍTULO 49

Eu teria pensado que meu comportamento teria garantido minha prisão constante, mas isso não aconteceu. Em vez disso, parecia que Aro assumiu a responsabilidade de garantir que eu passasse apenas as noites dormindo sozinha no meu quarto. Ele sempre me convocava através de Heidi e me mandava embora com ela quando se cansava do meu silêncio. Eu nunca conversava quando estava com ele e quaisquer palavras que compartilhasse com Heidi eram apenas parte de nossas teimosas interações. Eu, sempre pressionando sua paciência, enquanto ela tentava incutir medo através de suas ações ameaçadoras. Nenhum de nós jamais desabou ou mostrou fraqueza ao outro, então de certa forma eu gostei de minhas pequenas batalhas com ela.

Meu tempo passado com Aro - e apenas com Aro, já que nenhum de seus irmãos parecia inclinado a me conhecer - consistia em conversas unilaterais e uma espécie de educação. Ele nunca me contou muito sobre o funcionamento interno dos Volturi, ou mesmo quais eram os usos dos muitos membros vampiros que eles tinham. Em vez disso, ele tentou me surpreender com os artefatos e objetos luxuosos que eles coletaram ao longo dos anos, a extraordinária coleção de arte que possuíam e a confusa relação simbiótica que mantinham com o povo de Volterra.

"Você vê que nossa cidade é a mais segura do mundo, minha querida. Nenhum vampiro tem permissão para caçar aqui, e quaisquer crimes cometidos são resolvidos em tempo recorde, graças à nossa capacidade de ajudar a força policial," Aro continuou enquanto caminhávamos. um dos corredores mais claros do castelo.

"Nunca tivemos contato com a polícia, mas nossa recepcionista, Luella, é capaz de comunicar qualquer conhecimento que tenhamos com a maior discrição". Ele indicou a mulher humana solitária, visível através do arco, que estava sentada à sua mesa em um amplo salão.

Eu olhei para ela com confusão. Não que eu não conseguisse entender por que os Volturi tinham uma humana entre eles, ou mesmo por que ela escolheu trabalhar para eles. Eu entendi essas coisas. Eles precisavam de alguém que atuasse como rosto acolhedor e intermediário. E ela provavelmente se sentiu atraída pela beleza, riqueza e possibilidade de imortalidade, por mais repugnante que parecesse. O que me intrigou foi como eles davam tanta importância à lei do sigilo e, ainda assim, a descartavam para seus próprios propósitos. Que mensagem isso transmitiu aos seus "súditos"?

"Venha, Sarelle, vou lhe mostrar a arte que reunimos da era romântica, foi uma época tão linda", disse ele melancolicamente enquanto pressionava suavemente a mão no meio das minhas costas. Eu estava usando outro "presente", um vestido preto e vermelho que parecia mais apropriado para um baile real do que para um passeio de um dia pelo castelo. No entanto, como esta era a minha quarta saída em tantos dias, eu sabia que os vestidos que usava eram meros trapos para eles.

Subimos um pouco mais, por um corredor com janelas altas e arqueadas de vidro pintado em ambos os lados. Cada painel era um mosaico complexo de peças de vidro coloridas, todas unidas para formar uma imagem que representava algo significativo. Embora eu não pudesse dizer o que eles significavam para os Volturi.

Entramos numa sala de luz fraca que provavelmente protegia as centenas de pinturas penduradas nas paredes altas. Parecia que a sala tinha a altura de dois andares, embora não houvesse andar intermediário, criando uma enorme extensão de espaço. Embora não houvesse um segundo andar sólido, havia uma passarela de madeira que acompanhava as paredes, permitindo que alguém olhasse as pinturas mais alto sem ter que ficar tão longe.

Eu sabia que Aro me mostrou todas essas coisas de uma forma que me deslumbrou, talvez me mostrando um vislumbre do que a vida com os Volturi lhe oferecia. Provavelmente foi para tornar o fato de ele planejar me mudar uma opção mais favorável, e para muitos humanos essa quantidade de riqueza seria um atrativo definitivo. Até para mim adorei a história que recolheram e maravilhei-me com as magníficas peças artísticas que possuíam. Mas não foi suficiente para mim querer me juntar a eles.