A HISTÓRIA DE SARELLE - Twilight ( Tradução )✓

CAPÍTULO 18

"Sarelle. Estou aqui, você está segura." Sua voz melodiosa acalmou a dor estridente que me apunhalava. Eu não conseguia escapar dos gritos, da raiva, do arrependimento, da culpa, então cada um deles deixou uma ferida em minha alma que fervia depois. Eles haviam se machucado durante "o evento", mas agora, nesse silêncio, não havia nada que me distraísse de como eles me faziam sentir. Pude vivenciar cada um deles com uma clareza insuportável.

Eu podia sentir meu corpo tremendo contra a figura fria do meu salvador, mas não era por causa da temperatura fria. Minha mente ainda estava cheia do horror do que havia acontecido. Eu ainda podia sentir as mãos rastejantes dos homens vis na minha pele.

Meu mundo girava em câmera lenta enquanto eu continuava caindo aos pedaços. Quase senti como se o ataque tivesse me congelado e agora eu estava derretendo, liberando cada emoção para correr pelo meu corpo como água corrente.

Eu estava em choque, mas não consegui encontrar uma maneira de livrar meu sangue do excesso de adrenalina, então me deixei escorregar na escuridão que me atraía.

Apenas os ecos dos gritos e sussurros de ódio me seguiram até minha auto-aprisionamento.

Meu abismo.

Era assim que tinha que ser. Tive que trazer o horror de volta às profundezas escuras da minha psique, assim como fiz com o ataque de Ashton.

A diferença com esta tarefa era que parecia muito mais impossível.
Tive que lutar durante cada segundo do ataque para encontrar o caminho para aquele lugar na minha mente onde o pesadelo não poderia me machucar, aquela parte especial do meu cérebro onde as memórias simplesmente desapareciam na escuridão.

Pela primeira vez na minha vida dei as boas-vindas à escuridão.

Eu costumava temer isso.

Eu costumava odiar a maneira como isso tomava conta de mim e torturava meu cérebro com imagens macabras. No entanto, agora eu queria a escuridão, porque os ghouls e monstros eram menos assustadores do que o pesadelo que acabara de suportar.

Então, enquanto estava nos braços de Aslo, comecei a batalha emocional para esquecer o imperdoável. Eu iria esconder o pesadelo para que nunca mais fosse pensado nele.

Demorou horas para que meu corpo trêmulo se acalmasse e minha respiração irregular voltasse ao padrão normal.

Durante as longas e sombrias horas, Aslo nunca me deixou ir.

Ele nunca estremeceu com meu cheiro ou proximidade, e nunca me forçou a deixar a segurança de seus braços. Ele apenas me deixou em paz e esperou em silêncio.

Eventualmente, eu tirei meu corpo dolorido dele e me vi sentada em seu colo.

Ele nos mudou de nossa posição original para sentarmos na cadeira de metal lisa que ficava atrás de sua mesa de madeira lisa.

Meus olhos pareciam pesados ​​e rígidos. Eu os havia chorado até secar e podia imaginar as bordas vermelhas que fariam meus olhos castanhos parecerem inchados e em carne viva.

Quando me afastei de seu corpo, senti a maneira desconfortável como meu corpo doía. Meu sangue se movia lentamente em minhas veias quando comecei a voltar à vida do meu estado de coma induzido pela dor.

"Sarelle." A voz de Aslo quebrou o silêncio. Eu pulei um pouco com o barulho, mesmo que fosse suave e gentil.

Seu leve toque percorreu os pontos machucados da minha pele e eu estremeci. Não que isso me causasse dor, mas sim porque me lembrei das mãos anteriores que tocaram esses lugares e foram a causa dos hematomas profundos.