52, São Paulo

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𝑃𝑒𝑑𝑟𝑜 𝑛𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜

— Chegamos, finalmente! — a garota joga as chaves de casa em cima da mesa.

— Vou tomar um banho e depois vou dormir. — corri para o banheiro e me tranquei lá.

estava chorando ali sentado no chão do banheiro. Porra, o João não era louco por mim, então por que fez isso? Se ele me amava tanto porque foi?

se o problema era ele, porque doeu em mim?

eu estava sentindo tanta insuficiência. Precisava realmente tomar um banho e ir direto pra cama.

(...)

— Bom dia, Pedro Tófani. — a loira puxa o meu cobertor com tudo. — Você dormiu até demais, acorda!
— ela cruza os braços.

— Bom dia?! — digo coçando os olhos tentando raciocinar algo.

— Você lembrar de algo que você fez depois que chegou em casa?

— Lembro, eu cheguei fui no banheiro, tomei banho e fui dormir.

— Pedro Augusto, você ligou pra sua mãe pra falar sobre o João Vitor.

— O que?! — me desespero e me levanto da cama rápidamente pra olhar minhas notificações do celular.  — Porra, Maria Luísa, por que você deixou eu fazer isso?

— Pedro, você me empurrou quando eu tentei pedir pra você parar.

— Desculpa, meu Deus! Minha mãe falou o que?

— Disse que se acontecer algo ela vai vir aqui. — diz a garota.

— Meu Deus, desculpa, de verdade. — me ajoelho aos pés da garota.

— Ai Pedro Augusto, se levanta logo vai, vê se acordar pra vida e não faz a merda que você fez ontem. — a garota logo me empurra.

me vesti e subi no alto do prédio, onde eu e João sempre ficávamos.
Infelizmente, tudo já deu errado, meu corpo admitia ali em cima, os ventos eram forte e meu choro até parecia seco. Outra vez eu me perdi.

Eu queria poder fugir de mim mesmo e de todo o meu passado.

São Paulo é uma droga.

𝗱𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗲𝗱 𝗳𝗼𝗿 𝗲𝗻𝗺𝗶𝘁𝘆 𝗰𝗹𝗶𝗰𝗵𝗲. - pejaoOnde histórias criam vida. Descubra agora