– 𝑃𝑒𝑑𝑟𝑜 𝑛𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜
Carol logo depois daquilo me deixou sozinho com o João na mesa do restaurante.
— Oi. — João senta do meu lado. — Como você tá? — ele pergunta.
— Triste. — logo me deito em seu ombro. — E você? — dei uma leve risada, pois já sabia a resposta.
— Triste também. — ele riu. — Mas, cadê sua família? — ele pergunta.
— Foi embora, todos foram.
— Você é forte. — ele me abraça. — Sei o quanto você ama sua família, e eu só quero dizer pra você não se sentir mal por nada disso, você é um cara foda, e não é sua sexualidade que vai definir quem você é, ou se você é uma pessoa ruim.
— Eu sei disso. — disse cabisbaixo. — Mas eles não.
— Você quer ir embora? — ele pergunta.
— Sim, por favor. — digo e logo me levanto da mesa. — Posso ir falar com as meninas rapidinho?
— Claro, vou atrás de Renan e vou esperar vocês lá fora.
— Tá bom. — sorri.
com isso, fui atrás das meninas.
— Gente, não dá pra ir pra casa. — digo assim que cheguei nelas.
— Por conta da sua família, né? — Carol pergunta.
— Sim, não dá mais pra voltar lá. — digo.
— Mas tudo nosso tá lá, Pepeu, o que a gente faz? — Malu pergunta.
— O jeito é vocês irem lá pegar tudo e procurar um hotel por aqui. O que vocês acham?
— Se tiver tudo bem pra você. — Malu diz e logo dá os ombros.
— Vamos então, os meninos já estão no carro.
(...)
Entrei no carro e expliquei toda a situação pra eles e logo depois fomos na casa dos meus pais pra pegar nossas coisas. A Carol era a única que poderia ir lá dentro da casa pra pegar tudo, ela é a única que tem contato com minha família e que meu pai não tinha ficado puto com ela.
— Pronto, tá tudo aqui, é só guardar na mala, pode me ajudar Renan? — Carol volta com tudo nos seus braços e pede ajuda olhando para o garoto.
— Claro, Carol. — Renan ajuda a garota a guardar tudo na mala.
— Sim, vamos pra onde afinal? — Malu pergunta.
— O jeito e um hotel pra que a gente possa passar pelo menos uma noite. — diz Caroline.
— Mas o problema é o dinheiro, nós estamos em cinco, vai ficar caro mesmo sendo só uma noite. — Malu comenta.
— A gente divide, vai dar certo. — digo.
— Beleza, podemos ir agora? — Renan pergunta e logo todos se acomodaram no carro.
— Pode. — digo.
(...)
Foram duas horas procurando um hotel para todos ficarem até que enfim conseguimos uma noite em um.
— Nossa, nem acredito que eu to deitada numa cama. — Malu diz jogada na cama do hotel.
— Nem eu. — digo ao lado da garota.
— Vou dormir com a Carol. — a garota saí do meu lado e vai para o lado da outra.
— Tchau, vou me deitar com o João. — digo e vou atrás do garoto.
todos dormiram depois daquela noite exausta, exceto eu.
eu não poderia ficar ali, estou me sentindo culpado por tudo aquilo, precisava voltar pra São Paulo naquele momento, mas não poderia deixa-los num hotel em Belo Horizonte sozinhos, então deixei um carta, e ela dizia;
“desculpa, eu não consigo me amar do jeito que você me ama, e agora eu não posso mais voltar, a minha casa está em chamas. Eu precisava me deixar pra descobrir onde eu estava.”
eu não sinto nada.
Deixei a carta em cima de uma cômoda, peguei minhas coisas e saí daquele lugar, onde eu iria? São Paulo.
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𝗱𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗲𝗱 𝗳𝗼𝗿 𝗲𝗻𝗺𝗶𝘁𝘆 𝗰𝗹𝗶𝗰𝗵𝗲. - pejao
Ficção Adolescente𝐹oram algumas tentativas, desde as mais clichês, até às mais desesperadas, visto que, desde o primeiro momento em que João Vitor colocou seus olhos em Pedro, o garoto misterioso, sabia que estava criando sentimentos por ele. Mas já o garoto, nem ta...