– 𝑗𝑎̃𝑜 𝑛𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜
Havíamos chamado todos pra passear por Belo Horizonte e aproveitar que a mãe do Pedro não estava em casa.
— Vamos aonde? — Carol pergunta.
— Bora num posto. — Pedro diz.
— Fazer o que? — Malu questiona.
— Ir na conveniência, e pegar um cigarro.
— Pedro? — cruzo os braços. — Eu não fumo, e muito menos não sei fumar.
— Eu ensino. — ele sorri.
— Pedro é doido, mano. — as meninas sussurram no meu ouvido.
— Percebi. — sussurrei.
— Vocês tão fazendo o que ai parados? — o garoto para e nós olha. — Vamos! — ele nós puxa.
(...)
— Chegamos, vamos entrar. — o garoto diz enquanto entrava na conveniência.
— Vamos fazer o que aqui? — Malu pergunta.
— Eu já disse. — diz Pedro e a garota revira os olhos.
— Pedro, a gente não tá com dinheiro! — Carol diz nervosa e o garoto ignora e segue pegando um vinho e um cigarro.
— Vamos. — Pedro diz.
— Pedro, você não vai pagar? — pergunto e Carol ao meu lado estava rindo de nervosismo.
— Você acha que eu vou? — ele sorri.
— Mas Pedro, sua mãe vai ficar puta, e se a gente for pegos? — pergunto de braçoz cruzados.
— Aqui ninguém se importa com isso João Vitor, aprende a viver perigosamente. — ele coloca a mão na nuca. — Ah, e outra, eu tenho muito mais o que me preocupar do que um cigarro e um vinho barato. — diz o garoto e logo corre da conveniência.
— Que filho da puta. — diz Malu enquanto corre o mais rápido possível.
— Eu odeio Pedro Tófani. — diz Renan.
assim que conseguimos escapar corremos até chegar em casa.
— É, definitivamente vocês agora são bem vindos aqui! — ele ri.
— Cara, eu te odeio pra caralho, nunca mais faz isso! — diz Malu enquanto batia no garoto.
— Tem como você parar de me bater? Ô, tomem. — ele dá vinho para todos e cigarro.
— Cara, que errado, se sua mãe descobrir... — digo com a mão na boca.
— E daí? — ele cruza os braços. — Agora vem. — o mesmo me puxa pelo braço me levando até o seu quarto.
— Você vai me ensinar a fumar! — digo e logo entrego o cigarro em suas mãos.
— É assim! — ele diz enquanto pegava o esqueiro. — Agora vem. — ele puxa minha mão e direciona o cigarro. — Coloca entre o indicador e o dedo do meio; entre a segunda junta dos dedos; com a palma da mão para baixo ou virada para você e os dedos apontando para cima. — ele me guia. — Pronto! — sorri.
(...)
Ficamos uns minutos conversando e rindo, até alguém bater na porta.
— Pedro? — era uma voz feminina, assim que escutamos fui rápido pra baixo da cama.
— Oi mãe! — o garoto diz assim que sua mãe entra em seu quarto.
— Eu só vim avisar que cheguei. — ela logo se aproxima e dá um beijo na bochecha do garoto.
comecei a ri de desespero de baixo de sua cama e o garoto respondia sua mãe tímido e nervoso.
— Que barulho é esse? — ela pergunta.
— N-Nada, mãe. — o garoto gagueja.
— Tá bom então, mas por que não vem se juntar com seus amigos aqui fora?
— Já, já eu vou. — ele sorri.
— Ok, então. — ela logo se retira do quarto e o garoto correr pra trancar a porta.
— Ufa. — diz o garoto enquanto escurregava pela sua porta até cair no chão.
— Mano, o que foi isso? — perguntei rindo.
— Cara, João Vitor, por que você riu? — ele abaixa sua cabeça em meu ombro.
— Nervosismo. — respondo e logo fecho meus olhos. — Mudando o assunto, posso te perguntar uma coisa?
— Pode. — ele diz enquanto deitava em meu colo.
— Você nunca teve vontade de se assumir pra sua mãe?
— Não. — diz o garoto cabisbaixo. — Eu tenho tanto medo que você não faz nem ideia. Acho que ela não me aceitaria, sabe? — ele franziu as sombrancelhas.
— Eu queria que você não tivesse medo disso. Eu queria poder explicar o quanto eu te quero e o quanto eu te amo. — disse e o garoto logo me olha. — Qual santo vai ousar? — questiono.
— Nós dizer o que é pecar, amor. — o garoto diz e logo se aproxima de mim e me devolve com um beijo e me encolhendo em seu colo com sua jaqueta amassada.
— Vem. — digo e levo o garoto até sua cama.
— João, minha mãe tá em casa, cuidado.
— Tá comigo, tá com Deus. — sorri.
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𝗱𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗲𝗱 𝗳𝗼𝗿 𝗲𝗻𝗺𝗶𝘁𝘆 𝗰𝗹𝗶𝗰𝗵𝗲. - pejao
Roman pour Adolescents𝐹oram algumas tentativas, desde as mais clichês, até às mais desesperadas, visto que, desde o primeiro momento em que João Vitor colocou seus olhos em Pedro, o garoto misterioso, sabia que estava criando sentimentos por ele. Mas já o garoto, nem ta...