50, noite em claro

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– 𝑀𝑎𝑙𝑢 𝑛𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜

Já estava á noite e Pedro corria ansioso pela casa, mal sabia ele que o João estaria naquela festa.

— A Carol que não chega nunca. — disse o garoto imperativo, balançando sua perna sentado no sofá.

— Calma, vou mandar mensagem para ela. — digo enquanto digitava.

— Você já tá pronta? — ele pergunta.

— To sim, e você?

— Uhum. — concordou. — A Carol já respondeu?

— Sim — logo olho a mensagem pela barra de notificação. — ela disse que já está chegando. — comentei e Pedro já se levantou e foi em direção a porta.

— Vamos Maria Luísa! — ele me chama parado em frente a porta.

— To indo. — disse pegando minha bolsa.

                               (...)

já estávamos na portaria esperando a Carol chegar.

— Aquilo ali é ela? — ele desfoca a visão pra conseguir vê quem era o carro entrando na rua.

— É sim, vamos. — abro o portão e a Carol estaciona.

Pedro deu meia volta ao ver quem estava no carro.

— Puta que pariu. — ele colocou a mão na nuca. — Sério isso? — perguntou de braços cruzados.

— Entra logo, depois a gente se resolve. — empurrei o menino para o carro. — Oi gente! — disse.

João estava no banco de trás, cabisbaixo, logo me sentei no meio, ficando entre João Vitor e Pedro Tófani.

— Eai, como vocês estão? — Carol diz olha para o banco de trás.

— Bem! — disse e olhei para os dois meninos que estavam ao meu lado.

o carro todo ficou em silêncio. João estava no celular e Pedro ficou olhando o caminho pela janela.
Assim que chegamos na festa todos desceram do carro e Carol e Renan vieram em direção a mim.

— Tá foda. — Carol disse ao meu lado.

— Pedro tá muito puto comigo. — comentei.

— João não quer falar comigo. — disse Renan.

— E agora, o que a gente faz? — Carol pergunta.

— Não sei, Carol, vai falar com a Day e deixa os meninos se resolverem, eles já estão bem grandinhos pra isso.

— Tá bom então, vou indo viu! — Carol acena para nós e vai indo em direção a Dayane.

— E a gente? — Renan pergunta de braços cruzados.

— A gente vai pro bar beber! — puxo Renan pelo seu braço.

                              (...)

estava com o Renan no bar da festa e logo Pedro chegou e se sentou no nosso lado bufando.

— Tá bem? — chego ao lado do garoto.

— Não. — disse o garoto, ele não deu a mínima atenção e ficou olhando  para a tela do seu celular.

— Vamos dançar. — pego o celular da sua mão e puxo Renan e Pedro pelo braço e levo eles pra pista de dança.

- no fundo estava tocando
deixa ele sofrer” da Anitta.

estavamos dançando e cantando até o talo, Pedro estava se divertindo como eu nunca tinha visto antes.

— Aquilo é a Carol? — Pedro aponta.

— É sim!!! — ri.

Carol estava num canto da festa beijando a Day.
A garota logo percebeu veio até a gente com a Day do seu lado.

— Oi gente! — Day nos abraça com uma garrafa de gin na mão.

— Olha aí, um novo casal. — comentei olhando para as garotas.

— Gostou? — Day colocou seu braço sobre ombro da Caroline.

— Que lindas. — Pedro sorriu com sua cabeça abaixada no meu ombro.

— Né. — disse, logo olho novamente pro Pedro e ele não está mais com o seu sorriso no rosto. — O que houve, Pepeu? — sussurro no seu ouvido.

— Olha com os seus próprios olhos. — ele endireitou minha cabeça para o local, era o João beijando um garoto no canto da festa.

— Ah não — passei a mão no cabelo no garoto que estava chorando no meu ombro.

— O que foi eu fiz algo de errado? — Day pergunta.

— Não Day, você não fez nada de errado, outra pessoa fez. — disse enquanto consolava o garoto.

— Foi o João? — Carol pergunta.

— Foi sim, Carol, olha! — aponto.

— Porra. — ela passa a mão em seu rosto. — Meu Deus, desculpa, foi uma péssima ideia ter feito vocês virem pra essa festa, é tudo culpa minhas. — disse a garota enquanto abraçava o Pedro.

— Não Carol, não é culpa sua, você só tentou ajudar, eu entendo. — Pedro diz passando a mão em seu rosto pra secar as lágrimas qu escorriam do seu rosto. — De verdade, eu queria que pelo menos uma vez o João Vitor me entendesse. Mas tudo bem, pelo menos eu entendo o lado dele, eu fiz a merda e abandonei vocês em Belo Horizonte.

— Não se culpe, meu amor, por favor. — Carol disse abraçando o garoto.

— Vocês querem que eu fale com o João? — Day pergunta.

— Não Day, é pior. Se alguém que com certeza iria fazer o João acordar pra vida seria a Carol ou Renan.

— Eu vou falar com ele. — diz Carol indo em direção ao garoto.

— Boa sorte.

𝗱𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗲𝗱 𝗳𝗼𝗿 𝗲𝗻𝗺𝗶𝘁𝘆 𝗰𝗹𝗶𝗰𝗵𝗲. - pejaoOnde histórias criam vida. Descubra agora