31, terror

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– 𝑗𝑎̃𝑜 𝑛𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜

Após a conversa que tivemos no alto de um prédio, entramos pra dentro do apartamento e nos deparamos com a Maria Luísa, ela mesmo.

— Ah, os pombinhos se resolveram? — ela pergunta com os braços cruzados.

— Uhum. — Pedro concorda. — Mas eu to puto da minha vida contigo, de verdade. — ele cruza os braços.

— Desculpa. — ela faz bico. — Vocês querem que eu deixe vocês á sós?

— Não precisa. — Pedro diz.

— É, e o "errado" que você falaram que eram? — ela pergunta fazendo aspas com os dedos.

A gente já deu certo. — digo olhando para o garoto.

— Finalmente? — Malu questiona dando uma leve risada. — Enfim, final de semana tá chegando, vocês tem alguma ideia de festinha? — nos dois discordamos com a cabeça. — Vou falar com a Carol pra vê se a gente encontrar alguma festa.

— Tá bom. — digo.

— João, você tem algo pra hoje? — ela pergunta.

— Não. — digo.

— Quer dormir aqui com a gente?

— Oi? Quero sim! — dou um leve sorrisinho.

— Eba! — a garota dá um sorriso e Pedro ao seu lado ri. — Vou preparar pipoca pra a gente comer vendo filme.

— Que tipo de filme? — o garoto pergunta.

— Qualquer tipo de filme de terror que você não goste. — ela dá língua para o garoto.

— Você é um saco! — ele revira os olhos.

— Eu sou incrível, para! Você não vive sem mim. — ela manda beijo da cozinha
para o garoto e ele ri. — Vou ver algo pra a gente assistir. — ela chega na sala e pega o controle da minha mão.

— Porra, Maria. — olho para a garota.

— Eu que vou escolher o filme! — diz ela procurando algo para nós. — Que tal rua do medo? Vocês gostam? — ela pergunta.

— Sim. — digo.

— Não. — diz Pedro.

— Ótimo, então vai ser esse mesmo, só porque o Pedro não gosta. — ela diz e o garoto olha para ela boquiaberto cruzando os braços. —  João pega a pipoca lá?

— Pego sim. — vou até a cozinha e volto com o balde de pipoca e três copos em meus braços. — Alguém pode me ajudar? — olho para eles.

— To indo. — Pedro se levanta e vem me ajudar com os copos. — Vou pegar a coca, vai indo se sentar lá. — ele diz.

— Vou pegar um cobertor pra a gente ficar no escurinho e no frio cobertos. — diz a garota indo em direção ao quarto e logo volta com uma coberta.

— Eu e o João vamo ficar no sofá? — Pedro pergunta olhando para a garota.

— Sim, não quero ver vocês os dois pombinhos, vou ficar no chão, tá ótimo. — ela comenta.

— Tá bom então. — ele dá os ombros. — Ó, pega a coberta. — diz ele dividindo o o cobertor comigo fazendo eu ficar deitando em cima do seu colo.

— Posso começar o filme? — ela pergunta com o controle remoto em sua mão e logo concordamos.

                                  (...)

Acabamos dormindo na sala. Eu dormi em cima do colo do garoto, já Malu dormiu apoiada no sofá.

𝗱𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗲𝗱 𝗳𝗼𝗿 𝗲𝗻𝗺𝗶𝘁𝘆 𝗰𝗹𝗶𝗰𝗵𝗲. - pejaoOnde histórias criam vida. Descubra agora