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A recepção da casa foi normal, conheci alguns empregados do poderoso chefinho e também conheci cada cômodo daquele lugar. Mari, a mulher que me apresentou é muito bacana, não sei oque mantém ela aqui. Descobri também que cada um dos irmãos tem suas casas, e aqui é a do Max... Maximilliam, é o nome do homem que me "comprou".
Eu amei que todos foram muito simpáticos comigo, até cheguei a conversar com um garoto, lindo, cujo o nome é Michelle, eu sei, nome meio peculiar. Ele que fez as apresentações da casa, além de que acabou falando demais sobre o todo poderoso. Linguarudo. Mas desde que isso me ajude a fugir daqui está ótimo.
Estou agora em meu quarto, é, eu tenho um! E é estranho pensar isso porque meio que pra mim não faz muito sentido. Eu fui sequestrado por um mafioso para ter uma vida "tranquila" ? Vida doida, mas até que eu gostei.
Caminho até a janela para observar o mar, e fico pensando em como minha vida virou de cabeça pra baixo em tão pouco tempo, me parece louco, porque antes, mesmo que eu fosse pobre, eu tinha amigos, alguns familiares que eu realmente gostava e até mesmo a mim mesmo, e agora eu estou completamente ligado a ele, as vezes tenho medo porque praticamente serei um animal pra esse cara, viverei enjaulado.
- escolhi essa casa justamente por isso, daqui da pra ter uma linda vista para o mar. - Max fala, me fazendo saltar pelo susto.
- meu deus, você quer me matar de susto?
Falo, soltando a respiração que eu nem percebia que estava prendendo.
- jamais, vim aqui na verdade pra te dar um aviso. - fala e se vira pra mim, que apenas retribuo com uma inclinada de queixo, pedindo para que ele dê continuidade. - Vaz, meu amigo de longa data estará aqui está noite para fazermos um jantar e apresentar a ele o meu futuro noivo.
Não.
-Meu deus, como pode ser tão cara de pau? Você me comprou, me arrancou dos meus amigos, tirou a minha vida, e me enjaulou, oque acha que sou pra você? Também sou humano, e você quer me apresentar pro seu amiguinho como se realmente eu fosse o seu esposo? Eu nunca, nunca me sujeitaria a isso.
- olha aqui, você foi comprado pra ser meu esposo, e sabe que é assim que deve agir! - percebo que seu maxilar trava. - se não você vai realmente conhecer quem sou, já fui muito gentil com você, a partir do momento que matei meu soldado por um comentário infeliz que ele fez do seu corpo. Mas sabe porque eu fiz isso? Porque você me pertence, é meu, se não, eu nem me importaria! E é assim que funciona a máfia.
Sinto meus olhos queimarem pelas lágrimas que eu nem tinha percebido que estava derramando.
- tem noção que eu não pedir pra ser comprado? Meu pai não chegou no meu quarto e deu três batidinhas perguntando se eu queria ser comprado, eu simplesmente soube quando cheguei do 2 turno de trabalho. Então não me peça pra te agradecer por ser no mínimo gentil após ter chegado do nada e ter arrancado minha vida de mim.
