Capítulo 4

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Usado

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Usado. Era esse o sentimento que eu tinha diante dessa situação, eu me via como uma pessoa usada, certo que meu pai nunca gostou muito de mim, mas me vender… Foi o auge, é como uma facada, que fica se repetindo toda hora! Isso me partiu, sinceramente.

Mas agora eu precisava agir, sei que pode parecer loucura, mas eu precisava fugir urgentemente dessa casa, afinal quem vai confiar em alguém que compra outra pessoa? Se fosse a Vaite, minha irmã mais nova, tenho certeza que confiaria, ela tem a alma mais doce que eu conheço, a menina exala paz.

Sou retirado do carro e levado para dentro da enorme casa, me assusto quando vejo vários homens ao me redor. Quando a gente é gay, mesmo que não seja, por instinto a gente ja fica meio assustado, e eu estou apavorado. Será que vão... Eu não tenho como saber, me parecem simpáticos, porém, meu pai também parecia e olha oque ele fez, quem dirá pessoas que nunca me viram na vida.

A única coisa que consigo dizer diante disso tudo é.

— não me machuquem, por favor. — tento falar firme, mas minha voz sai quase que em um sussurro.

— que isso, jamais faríamos isso, a máfia não é bem assim não ô moleque. — um homem, não tão velho fala, a meu ver ele parecia ter uns 25/26 anos, por aí.

Mas escutar a última palavra me fez congelar, fiquei realmente paralisado. Máfia? Como assim máfia? Essas coisas realmente existem? Se existirem, então é igual as fanfics que eu leio, os mafiosos abusam, usam, jogam, e descartam as pessoas, oque nesses casos levam até a morte.

— máfia? Como assim máfia? — falo com receio da resposta, o homem era o dobro do meu tamanho.

— ué, máfia, nunca ouviu falar sobre a máfia Francesa? Chérie.— o mais velho diz, e acabo ficando curioso com a última palavra.

— oque é isso que você falou, a última palavra? — pergunto, mas imediatamente me repreendo, vão acabar descobrindo, de qualquer forma uma hora vão me fazer confessar.

— ué, francês! Você também é francês, não é? — agora outro homem responde, loirinho.

— na verdade, não, eu sou italiano. — falo de maneira espontânea, mas um barulho chama nossas atenções, me direciono para olhar e… Porra, descia da escada um homem, mas não era qualquer homem. Era O homem, parecia que eu estava vendo uma divindade.

O tal homem misterioso vinha na minha direção, olhando fixamente nos meus olhos, suas íris escuras fizeram meu corpo inteiro tremer.

— Boa noite. — o tal misterioso fala e meu corpo reage de imediato em um arrepio.

— fala Max, olha só a encomenda que chegou para você. — o homem, cujo nome que eu descobrir ser Igor, fala.

— eu não sou encomenda, não sou mercadoria! — falo em meio ao medo, pois se eles realmente são da máfia eu não posso simplesmente chegar e falar do jeito que quero com um mafioso.

— ou, cala a boca aí o viadinho. — oque cê quer tá aqui ó, e já tá ficando durinho com essa bundinha arrebitada. — um dos soldados fala.

Imediatamente uma lágrima escorre dos meus olhos, nojo, nojo, simplesmente nojo! Eu queria poder esganar esse babaca, eu só queria isso. Mas sou tirado dos meus devaneios com o barulho de um tiro.

— eu acho bom vocês respeitarem o menino, Agnes Tuniades será meu esposo e todos devem respeita-lo assim como respeitam a mim, e entendam isso da maneira que quiser. — ele fala e direciona reto para 6 homens.

OQUE?

— COMO? Eu não sou de ninguém, muito menos de um mafioso! — exclamo em fúria. — sou grato por me defender do babaca que faz parte da sua laia, mas também não é para tanto, apenas me faça de seu empregado, até porque é para isso que você, um homem tão poderoso me COMPROU! — dito, sem medo de sua resposta.

— saiam! — o homem ordenou e assim todos fizeram, saíram, deixando apenas ele e eu. — eu acho bom você maneirar na maneira que fala comigo, você tá me ouvindo? — ele diz, se virando para mim e agarrando meu queixo com força.

Solto um gemido pelo incomodo, e ele logo parece perceber que soltei um gemido baixo, então repete a dose, fazendo com que eu solte um maior ainda.

— Deixa eu te falar uma coisinha. — ele fala se aproximando do meu ouvido. — aqui, quem manda sou eu, sou o capô da máfia francesa, então sua obrigação como meu homem é se submeter a mim, está me ouvindo?

Aquela era a frase mais escrota que eu já tinha escutado, mas confesso que por ser no meu ouvido, fiquei excitado, mas não demonstraria isso a ele. Nunca.

— nem se eu me odiasse, eu me submeteria a você, oque acha que eu sou? — falo e finalmente olho em seus olhos novamente.

eu não sei oque você é, mas se de uma coisa eu tenho certeza é que vou descobrir, não se preocupe em relação a isso, mon cher.

Meu corpo se arrepiou, minha alma se arrepiou, de repente eu senti que todos os meus pontos fracos estavam totalmente expostos, para ele.

Vendido para O MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora