KimTaeVampi [KTH - JJK]

26. ventisei

Não era do feitio de Taehyung se envolver em situações desnecessárias. Mesmo quando se tratava de seus interesses pessoais, sua identidade privada e vida restrita eram a prioridade sempre. Mas claro, ouvir o tom de voz choroso de Jeongguk fazia aquele raciocínio ir por água abaixo em questão de segundos.

"Eu briguei com um cara na escola"

Não. Aquilo não tinha nada a ver com Jeongguk. Ele podia ser pirado como fosse, mas Kim tinha certeza que ele jamais apelaria para a violência para resolver seus problemas. Achava que era apenas um mal entendido, talvez ele tivesse entrado em uma discussão acalorada. Talvez tivesse empurrado um colega seu, talvez algum acidente tivesse acontecido.

Bom... ver um adolescente jogado no chão com um nariz quebrado e um Hoseok completamente apavorado na ao lado do corpo desfalecido contrariou - mais uma vez - suas convicções. Jeongguk não tinha simplesmente brigado, ele tinha dado uma verdadeira surra no moleque.

E agora estava lá, chorando igual um bebê com medo de ter perdido o réu primário porque bateu demais em um colega de sala.

Bom... pelo menos ele havia escolhido um local isolado para desgraçar o garoto. Graças a Hoseok, que havia trancado as portas da biblioteca, ninguém havia chegado ali até agora, mas bem... era questão de tempo até a situação sair do controle.

- Jeongguk, o que diabos aconteceu aqui?! - Taehyung perguntou. Àquela altura sua preocupação sequer era ser reconhecido dentro da escola, ele precisava ajudar Jeongguk a não ir preso.

- Esse infeliz me falou um monte de merda e eu fiquei doido e taquei a cadeira nele e agora ele não acorda me ajuda eu acho que ele morreu! — Jeongguk gritou num fôlego só, chorando que o ranho escorria pelo nariz. Taesan quase ficou com pena — Ressuscita ele, Tae! Eu vou ser preso!

- Eu não sou um deus, Jeongguk, não tem como ressuscitar uma pessoa. - revirou os olhos, abaixando ao lado do menino desacordado. - Para de chorar, garoto, ele não morreu.

Jeongguk suspirou, limpando o catarro como dava. Os olhos tão arregalados que lutavam para não sair de dentro do crânio.

- Mas ele não acorda...