𝐃𝐑𝐄𝐖 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐊𝐄𝐘

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boa leitura


I mean, I'm fucking back.

    Éramos péssimos separados e piores juntos e mesmo assim não conseguimos ficar longe um do outro

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    Éramos péssimos separados e piores juntos e mesmo assim não conseguimos ficar longe um do outro. Éramos um completo caos e destruição, onde passávamos deixando nossas marcas registradas e gravadas em dores e lágrimas, gritos e desespero. E mesmo assim, no final do dia, estaríamos dividindo a mesma cama sem nos importar com a dor causada e por mais que isso me matava aos poucos, eu estava viciada e entregue a esse ciclo vicioso e deplorável de um amor tão quebrado quanto minha saúde mental. Eu deveria me afastar, me levantar e sair andando sem rumo para longe de Drew mas isso nunca aconteceu e nunca iria acontecer porque estávamos destinados a nos arruinar juntos e isso era melancólico de se pensar mas quanto mais eu desejava me afastar mas ele me puxava para si, me afundava em seus braços e me beijava como se o mundo fosse acabar bem ali, naquele momento. E talvez o mundo realmente acabasse, mas esse mundo era o meu, e apenas o meu. O mais triste disso era eu saber e ter consciência disso e não querer ir, ou eu queria e não tinha forças para conseguir. Será que eu realmente queria ir deixá-lo para trás? Eu realmente precisava ir?

Minha cabeça já estava dolorida de tanto pensar, de tanto beber e tanto brigar. Olhei ao meu redor e tudo estava destruído, os portas retratos no chão, alguns vasos de planta e no final, meu emocional. Estava tudo quebrado em milhões de pedaços. Senti meu queixo tremer e eu queria saber e entender porque eu não consegui ir, porque era tão difícil dizer que aquilo acabou e cada um ia para um lado e fim.

Por que?

Levantei e andei até os cacos de vidros e comecei a catar um por um, limpando aquele lugar e me atormentando com nossas vozes alteradas gritando e ferindo um ao outro. Ele disse tantas coisas, eu disse tantas coisas e no final, joguei algumas coisas em sua direção e ele jogou o vidro no chão como forma de pôr sua frustração para fora e explodir. Mas não adiantou, estávamos frustrados e machucados e psicologicamente abalados. Do jeito que a ala psiquiátrica sempre gostou. Bem loucos e malucos. Varri o chão e me desfiz das garrafas de cerveja e whiskey espalhadas pela sala. Meu sofá quase gritou com tamanha lembrança que tinha ali, ontem a noite estávamos deitados ali sendo tão sujos e profanos que parecia irreal que no dia seguinte alguma coisa mudou e estávamos gritando feito loucos e achando que isso era viver. Que isso era amor.

Isso não é amor.

Isso é dor.

Isso é… loucura. Isso é tantas coisas que eu não consigo achar somente um adjetivo para descrever o que somos.

Nós brigávamos e se machucavamos e no final, era como se nada tivesse acontecido. Isso era louco e sujo, era desgastante e aterrorizante mas mesmo assim, ninguém, nenhum de nós dois íamos embora.

Quando acabei a sala arrumei meu quarto, a cama ainda estava bagunçada e roupas espalhadas. Meu banheiro estava revirado e precisava ser lavado e assim eu fiz. Lavei e joguei muitas coisas fora e por fim, tomei um banho. Demorei ali embaixo d'água esperando que por algum motivo a quentura da água levasse meus problemas para algum lugar longe daqui, talvez para a puta que pariu, parecia ser longe o suficiente para mim. Quando o banho acabou e meu cabelo estava prontamente lavado, nenhum problema desceu pelo ralo, ainda estavam todos acumulados em minha mente gritando ao meu tempo e me perturbando como sempre. Apenas coloquei uma roupa larga e fui para a varanda sentar ali, o único canto da casa que ainda estava intacto. Olhei a pequena mesinha ali e observei os quatro cigarros de baseado e isso não parecia uma má ideia, na realidade maconha parecia a coisa mais normal na minha vida nesse momento. Antes, fui até a cozinha e preparei alguns lanches, pretendia ficar a tarde e noite ali, fumando e comendo e esquecendo qual o real sentido da vida, parece ser a coisa sensata a se fazer.

𝐊𝐎𝐎𝐊, 𝖽𝗋𝖾𝗐 𝗌𝗍𝖺𝗋𝗄𝖾𝗒 Onde histórias criam vida. Descubra agora