𝐒𝐓𝐀𝐘 𝐀𝐋𝐈𝐕𝐄 || No Distrito Doze, onde a realidade se desfaz em sombras e o tempo se perde nas dobras do desconhecido. Tudo é um quebra-cabeça desorientador, uma dança confusa entre o ser e o não ser. As linhas entre o certo e o errado são tu...
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𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟕 - 𝐂𝐨𝐧𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚
Lyra percorria inquieta a sala branca, sentindo como se as paredes imperturbáveis estivessem conspirando contra sua sanidade. O nome de Katniss ecoava incessantemente em sua mente, ora em sussurros, ora em gritos, como se uma presença indesejada habitasse seus pensamentos. Desesperada, ela levou as mãos aos ouvidos, buscando em vão bloquear as vozes inquietantes.
Encostando a cabeça na parede, Lyra fechou os olhos, tentando escapar do tumulto mental. A angústia crescia, transformando-se em um medo assombroso que se apoderava dela. Sem pensar, bateu com força a cabeça na parede, surpreendendo-se com a falta de dor, como se as próprias paredes fossem almofadas.
Desesperada para silenciar o caos interno, começou a socar o próprio rosto, um gesto desesperado em meio à tormenta mental. Sentindo-se à beira da loucura, ansiava por paz, por um alívio que parecia cada vez mais distante.
A porta foi abruptamente aberta, revelando a figura de Peeta. Ele segurou os braços de Lyra suavemente, seus olhos compassivos encontrando os dela.
— Você precisa se acalmar — instou Peeta, liberando lentamente os braços dela — Está tudo bem. Ninguém aqui quer te machucar.
— Estou com medo, Peeta — Lyra tremia, seu estado evidenciando a vulnerabilidade — Estou com medo...
Peeta colocou as mãos em seus ombros, tentando transmitir calma.
— Snow pode vir, os Pacificadores... Eles vão... — ela mal conseguia articular, sua respiração acelerada denunciando o pânico — Peeta, vão me matar... Eles vão...
— Lyra, respire, ei, acalme-se — Peeta tentou tranquilizá-la — Ninguém vai te machucar, certo? Eu não vou permitir. Respire.
Peeta permaneceu ao lado de Lyra, seu toque gentil buscando ancorá-la à realidade. Enquanto ela tentava retomar o controle da respiração, Peeta a encorajava suavemente.
— Ninguém vai te fazer mal aqui, Lyra. Você está segura. — Sua voz, calma e reconfortante, era um antídoto temporário para a tempestade que rugia dentro da mente dela.
Lyra, aos poucos, começou a seguir o ritmo da respiração de Peeta, suas exalações irregulares cedendo espaço para um padrão mais calmo. A ansiedade ainda pulsava, mas o apoio de Peeta servia como uma bússola em meio à turbulência.
— O que aconteceu, Lyra? — ele perguntou com preocupação genuína — O que está te assustando tanto?
Ela hesitou por um momento, seus olhos verdes refletindo uma mistura de medo e confusão.
