013. terceira pessoa

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Enquanto Addison conversa com alguns meninos no canto do bar, Ward vira o copo de plástico do lado de fora da festa, bebendo todo o líquido de uma só vez, logo tossindo com o ato rápido

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Enquanto Addison conversa com alguns meninos no canto do bar, Ward vira o copo de plástico do lado de fora da festa, bebendo todo o líquido de uma só vez, logo tossindo com o ato rápido.

As luzes coloridas atrapalham a visão de Bonnie, fazendo com que a mesma quase tropece ao se aproximar mais de sua melhor amiga e as suas outras companhias.

— Já deu, eu vou pra casa. — Bonnie diz alto, por conta do volume alto da música.

Antes que Addi pudesse insistir para que a garota ficasse ao menos só mais um pouquinho com ela, Bonnie curva o seu corpo para pegar a sua bolsa jogada em um sofá e saí novamente do local.

O barulho de adolescentes gritando do lado de dentro da casa e as luzes piscando para todos os lados irritam Bonnie de alguma forma, por mais que a mesma adore ir para festas com as suas amigas.

Ela abre a sua bolsa com a mão direita pegando o seu celular, enquanto a mão esquerda segura o seu cabelo escuro e cheio para trás, de modo que as mechas não caíam em seu rosto.

Seu dedo desliza até o botão de impressão digital do celular, que não funciona, pelo fato do mesmo já ter descarregado minutos atrás.

A garota até cogitou a possibilidade de chamar um Uber, mas já eram praticamente duas da manhã, a estrada estava vazia e o principal; acabara de lembrar que está impossibilitada de usar o seu celular.

— Merda.

E então Ward resolve ir andando até sua casa, já que já imaginava que Savannah provavelmente não iria largar os garotos bonitos que acabara de conhecer só para levá-la de volta para casa.

Ela olha mais uma vez para a casa cheia de gente; pessoas se beijando pelos cantos e o barulho de multidão pesando em seu ouvido.

"Minha mãe vai me matar quando eu chegar em casa." — Pensa Bonnie, enquanto anda pela rua iluminada pelo poste.

[...]

Um barulho de campainha soa assim que Ward chega exausta em casa, trancando a porta. A loira revira os olhos e gira a maçaneta novamente, dando de cara com Vinnie. Ele encarava Bonnie com o rosto bravo, ela franziu o cenho.

— O que foi?

Mas Vinnie não falou nada, e ela já estava começando a ficar brava.

— Você entra na minha casa do nada e não quer me falar o porquê? Diz logo, Vinnie. O que foi?

— Eu te liguei mil vezes, Bonnie! — ele levantou os braços para o alto e fechou os olhos. — Mil vezes. E você não atendeu nenhuma.

— Meu celular descarregou. Me desculpa. — ela balançou o pequeno aparelho prateado com a tela desligada.

Então Hacker parou por um segundo, encarando o objeto. Mas logo voltou a bater o pé pelo tapete da entrada.

— Você me assustou, Bonnie! Eu achei que você... sei lá...

Bonnie o encara, respirando fundo.

— Por que você se importa tanto com isso? Se eu estou bem, ou se eu não estou?

— Poderia ter acontecido alguma coisa séria! O que eu faria, Bonnie? O que eu faria se você não estivesse bem? — ele se aproxima da garota.

E então Bonnie percebeu que isso ia muito mais além do que o simples fato do seu celular estar descarregado enquanto Vinnie ligava para ela.

Ela deu um suspiro, olhando fundo nos olhos dele.

— Eu não sei. — ela disse, e a resposta valeu para ele e para o seu coração que batia acelerado.

Vinnie solta uma risada de desgosto e assente.

— Tanto faz, Bonnie. Talvez eu que não devesse me importar tanto com você, já que você parece não dar a mínima para mim.

Ela revira os olhos assim que ele saí de sua casa. Naquele momento só Bonnie queria gritar de raiva. Ele havia entendido tudo errado.

Valentine ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora