CAPÍTULO 4

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(S/N) ON

Eu esqueci de mencionar isso, mas, eu tinha de ficar o máximo de tempo na realidade que eu conseguir. Mas se eu quisesse voltar, eu tinha que ativar um sistema que, bom, Jéssica me ensinou.

“Sabe-se lá qual tipo de perigo você pode encontrar lá, certo? Bom, mesmo que a pretensão seja você ficar lá o máximo que conseguir, não arrisque em ativar o painel de emergência. Fale, em bom tom e de forma clara, as palavras “habilitis energentia” e, bom, você vai saber onde clicar e ativar.”

Era só eu dizer duas palavras que ativavam um display holográfico no qual eu poderia entrar em contato com a equipe de emergência para poder ser mandada de volta para casa.

E essa era uma emergência. Um mundo com titãs que devoram pessoas? Nem fodendo. Prefiro a ebulição global.

As palavras de Hange me fizeram congelar de medo. Embora ela parecia bem animada falando.

Senti a presença de alguém, meu coração gelou. Ninguém poderia ver isso.

Olhei para trás. E, bom, Hange olhava pela fresta da porta.

Ela arregalou o olho e tentou fechar a porta, mas fui mais rápida e a puxei para dentro.

Não posso deixar ela sair daqui após ter visto isso.

— (S/N)...Que porra é...— coloco minha mão em sua boca, porque EU que vou falar agora.

— Cala a boca. Você sabe guardar segredo? Você sabe, Hange? — eu aproximava meu rosto do rosto dela, ainda com a mão na boca.

Ela fez que sim com a cabeça, então eu levemente tirei a mão de sua boca. — Então saiba que tudo que irei te contar, você vai guardar como se fosse a porra da sua vida. Ok?

Ela fez que sim com a cabeça. Talvez eu tenha a assustado um pouco.

— Tá...Sabe por que eu não tenho nada a dizer além sobre as coisas que me aconteceram após minha chegada? Porque eu não sou daqui. Eu não sou nem um pouco daqui. — eu estava me perdendo em minhas palavras, e Hange estava ficando com uma expressão confusa.

— Você é de algum outro lugar? Veio de fora das muralhas? — ela se assustou com a própria fala. — Fora das muralhas...O que tem lá?

— Não, Hange. Eu sou...de outra realidade, de um outro mundo. Tá entendendo? Não sou de fora das muralhas.

De repente, a expressão de confusão de Hange se soltou e ela começou a dar risadas. — Achei uma mais doida que eu, acho que isso é um sinal, hm?

Hange tinha um rostinho muito lindo, mas naquele momento, eu quis enchê-lo de tapas.

— Não, Hange. Não é brincadeira, eu não sou daqui, eu não sei o que raios é tudo isso, eu vim de outra realidade, de outro lugar totalmente diferente do meu. Vocês todos existem na minha realidade, só que são pessoas diferentes, você tá me entendendo? — eu tentava usar toda minha convicção existente no que eu estava falando, e acho que estava dando certo pelo o jeito que a expressão dela se transformava. — Eu juro que não sou louca, eu...só não pode contar para ninguém, por favor!

Hange ficou quieta. Ela parecia ter levado um pouco mais a sério, e entendo que eu talvez esteja pagando papel de louca aqui.

Mas, de repente, seu foco foi para outra coisa. Ela começou a encarar fixamente meu braço, e fez uma expressão estranha.

— (S/N)...Mas que diabos? O seu corte já está curado e não há...cicatriz? Não há nada.

Quando ela falou isso, minha reação foi olhar para o meu braço. Não havia mais aquele corte gigantesco que, mesmo enfaixado, chamava atenção. Não havia dor, não tinha absolutamente nada.

Em outra...realidade? (Hange Zoë x Fem!Reader)Onde histórias criam vida. Descubra agora