Renascendo- Vol 2

Capitulo 17: "Um novo Começo"

“Tudo o que precisamos, é a sensação de estar em casa.”
Camille:
Eu estava torcendo para que Issac estivesse conseguido vencer o duelo com Lauren, era bem verdade que não saberia ao certo se ele havia compreendido a mensagem corretamente. E eu tinha esperanças, de que, sim. Agora, ele estaria celebrando com a aldeia, uma lágrima escorreu dos meus olhos, eu estava triste e, ao mesmo tempo, esperançosa, como eu queria estar com Issac, contudo, não poderia negar que, conhecer a minha filha, tinha sido o meu maior presente. Vê-la, senti-la, tocá-la, poder amar ela de uma forma pura, era incrivel. Moon, não estava na cabana quando sai do quarto, e ao olhar pela janela, ela não estava ali ao redor da casa, achei estranho, ela sempre estava por perto, e quando, após horas, Moon chegou eu já estava aflita pensando se algo tivesse acontecido:
— Puxa! Estou tendo uma miragem, você faz essa posição muitas vezes por dia, sabia?! — brincou ela, sorridente.
— Onde você estava?! Estive preocupada. — Disse, e ela sorriu e me deu um abraço.
— Veja, é a Camille que eu conheço, aquela que se preocupada primeiro e depois faz perguntas. Mãe, estou bem, enquanto, estiver na cabana, ficarei bem. Relaxa. — E ela deu de ombros se afastando de mim: —Trago boas notícias, e más, também.
Madson, conseguiu encontrar o primeiro artefato da guerra de vocês, ela, na verdade, criou. Por isso o silêncio dela, será uma batalha e tanta, e o pai, é o novo Alfa. — Disse ela, celebrando.
— Como pode mudar de humor tão rápido?! — Perguntei, curiosa.
— Bem, sou adolescente, é normal na nossa idade.
— Disse ela, piscando e eu hesitei, de fato, eu havia esquecido que eu também era adolescente.
— Ele conseguiu! Eu sabia! Eu sabia que ele iria conseguir! — Exclamei, e eu comecei a imaginar, Issac, sorrindo e comemorando com a cateia.
— Apesar dos avanças de Madson, bem, vejamos, com o pai sendo alfa, vocês têm chance. — Disse ela, e eu concordei.
— Como vamos vencer essa guerra?! — perguntei, preocupada.
— Será bem dolorosa, digo, será bem dolorosa. Sacrifícios serão feitos. Porém, quero que saiba, que Yummi vai dar um jeito. — Disse ela, dando de ombros.
— Como assim?! — Perguntei, hesitando.
— O mais engraçado, é que, muito em breve, Yummi vai fazer algo histórico.
Espero que esteja pronta para isso. — disse ela, cantarolando.
— O que ela vai fazer? ! — Perguntei, receosa.
— Sinto muito, não poderei contar, mas, será algo incrível. Marcado por gerações.
Aguarde! — Disse ela, vibrando.
— Moon... não gosto da sua alegria. — disse, desconfiada.
— Puxei do Pai, a culpa é toda dele. — disse ela, dando de ombros: —Venha!
Precisamos treinar, está quase na hora de você partir. — disse ela, me puxando pelas mãos e me levando lá fora.
— Como assim, está quase na hora de eu partir?! — Perguntei, e ela suspirou.
— Eu estive conversando, e, chegamos a conclusão, de que, está quase pronta. Só precisa se bloquear. — Disse ela, com simplicidade.
— Por que me parece estar tão feliz com a minha partida?! — perguntei, receosa.
— Bem, porque, isto não é um adeus. — Disse ela, dando de ombros: — Agora, feche os olhos, respire bem fundo, e imagine uma proteção, se alguém vier, bloqueie, ataque e defenda-se. — disse ela, e eu fechei os olhos obedientemente.
Ao fazer isso, eu comecei a ver várias criaturas malignas, ambas voavam do céu, e eram reais, eu sabia que eram. E então, uma me atacou e eu me defendi, um escudo se formou ao meu redor, e então, o outro, me atacou, mas erroneamente, e eu, ataquei em um golpe certeiro com uma rachada de vento forte, e mais uma criatura, me atacou e eu me defendi com o escudo novamente. A criatura, parecia um pássaro, coberto de penas pretas, ele cuspia fogo e tinha um bico pontiagudo. E foi assim, durante o restante dos dias, me defendendo, atacando e bloqueando. Até que, eu não precisava mais fechar os olhos para saber aonde os bichos vinham, mesmo sem vê-los, eu sabia onde eles estavam e qual seria o seu ataque, eles não eram fruto da minha imaginação, eram criaturas invisíveis e traiçoeiras. E quando, golpeei a última criatura, eu estava exausta, e Moon, comia uma maça, como se nada houvesse acontecido.
— Bom, receio que esteja pronta. — disse ela, fazendo a maça desaparecer de suas mãos.
— O quê?! Pronta?! — Repeti confusa.
— Sim, pronta. O restante o Pai faz, ele é bom.
Ótimo. Não precisa se preocupar, tudo o que precisa saber, você sabe, e o que não sabe, bem, saberá. No futuro. — Disse ela, piscando para mim, ela parecia feliz, descontraída.
— Por que sinto que esteja feliz com a minha partida?! — Perguntei, colocando as mãos na cintura.
— Bem, por quê, com você aqui, nada poderá acontecer. Isso, é só um preparatório. Mãe, chegou a hora de despertar, de retornar para Lagonier. — Disse ela, me dando um abraço.
— Acha mesmo que estou pronta?! — Perguntei, e ela assentiu com a cabeça.
— Tudo o que sabe, sabe. E o que não, bem, vai saber no tempo certo. O Essencial, já aprendeu: atacar, defender, bloquear, usar seus poderes, a história toda. — Disse ela, e eu abracei Moon fortemente.
— Eu te amo, muito. —Disse, sufocando ela, com os braços.
— Tá! Chega! Me larga! — Disse ela, impaciente e eu sorri, ela falava igualzinho a mim com o meu pai.
— Estou pronta para voltar. — Disse, e ela me largou, deu um beijo na minha testa e então, fez algo, inusitado, me jogou no chão e quebrou o meu braço.
Eu caí e gritei, intensamente com a dor do meu braço, tudo ficou escuro, e quando eu abri os olhos, eu estava em um caixão. Eu gritei. E com o meu poder, eu renasci. Eu estava renascendo.
Ao sair do caixão, estava coberta de terra, os ares de Ligonier tomou conta dos meus pulmões, e eu, estava respirando novamente, estava em um cemitério, era noite e estava estrelada. Ouvi alguém ao meu redor, meu cabelo, estava imunda e Issac, me olhou arregalados para mim, ele estava assustado e perplexo:
— Camille?! — Perguntou ele, e eu abri um sorriso largo.
—Issac... — Disse, e os meus olhos, se encheram de lágrimas.