Renascendo- Vol 2

Capitulo 22: "O Luar Intenso"

“Todas as vezes, em que, estou com você, ilumina cada pedaço da escuridão que há em mim.”

Camille:

Tudo havia mudado, a cidade, as pessoas, eu. Tudo ao meu redor, não era mais o mesmo, as coisas, eu podia senti-las, diferentes. A primeira pessoa que Issac me levou para rever foi o meu pai, ele ainda trabalhava como Xerife e raramente vinha em casa, Issac havia dito que no começo, quando eu morri no hospital, meu pai se trancou por completo dentro de casa, e não permitiu que ninguém o visse sofrendo. Mas, Issac e Yummi, ficavam atentos, observando com os poderes de Yummi o estado do meu pai, e aos poucos, meu pai decidiu que, era a hora de recomeçar, que talvez, ele precisasse vingar a minha morte, e foi assim, que meu pai iniciou a jornada para achar a verdadeira culpada, Madson, da minha morte. Eu não o julgo, quando eu for mãe, não deixarei que nada aconteça com Moon, e foi assim, que eu decidi retornar para casa. Era uma noite estrelada, e Issac, enviou um lobo para comunicar-se com o meu pai, pedindo que ele estivesse em casa naquela noite, meu pai, não havia perdoado Issac por tudo o que aconteceu, ele sentia raiva, rancor e ódio por ele, e somente eu, poderia resolver aquela bagunça. Eu estava vestindo uma calça jeans e uma blusa preta regata, quando, bati na porta, era como se, eu fosse uma visitante de longas datas, revendo o meu pai, e assim, que ele abriu a porta, Issac soltou a minha mão e ele disse:
— Xerife, eu posso explicar... — disse ele, meu pai, arregalou os olhos, perplexo, assustado, apavorado.
— O que é isso?! Uma pegadinha?! — Disse meu pai, assombrado e deu passos para trás.
— Xerife, Senhor… eu… ela... despertou. — Disse Issac, com a maior leveza que um dia, ele já usou.
— Não é possível... eu a vi, no caixão, no enterro. — Disse meu pai, atônito, com os olhos cobertos de lagrimas: — Você, garoto, não tem esse direito de brincar com isso, não é por que… pela... historia...
que eu… —E eu abracei o meu pai, por que, neste momento, eu só podia fazer aquilo para ver que era real.
Meu pai, desabou em lágrimas ao sentir o meu toque, eu era real, eu havia realmente voltado. E quando, nós dois ajoelhados no chão, chorando intensamente, nos olhamos, ele beijou o meu rosto inteiro:
— Minha filha... Minha filhinha… Minha Nova Iorquina... — E me encheu de mais beijos: — Como... como é possível… —Disse ele, me beijando intensamente.
— Issac, vai explicar tudo Pai, eu te prometo. — Disse, olhando para Issac, com amor.
— Bem, eu estava, no cemitério e Camille literalmente levantou da tumba, a princípio, achei que fosse mentira. Mas, bem, não era. Ela, de fato, cumpriu com uma parte da profecia, aquela, na qual, eu havia lhe contado. — disse Issac, sem jeito.
— Eu achei que tivesse sido uma lenda sua, da sua possível… loucura e habito de ser vândalo. — disse o meu pai, e Issac passou as mãos sob os cabelos castanhos lindo dele.
— É, eu imaginei que haveria a possibilidade. Mas, não poderia ter trazido ela para cá, sem antes lhe contar. Afinal, é o pai dela. Achei justo.- disse ele, encabulado.
— Não importa mais pai, eu voltei. Eu retornei, eu nunca mais vou sair de perto do senhor, nunca. — Disse, abraçando meu pai fortemente e ele me ajudou a levantar.
— Vamos, preciso cozinhar o seu prato favorito, e, tem que tomar banho e vestir as suas roupas. Seu quarto, permaneceu intacto desde, a sua partida. E... — E ele foi me puxando para dentro de casa, e issac, permaneceu na porta, e fez menção de sair.
Eu me virei, e me afastei de meu pai, ele notou a minha hesitação, e eu disse:
— Pai, Issac não foi culpado pela minha morte. Mas, Madson, ele me salvou. De formas e inúmeras vezes. E eu... — E eu olhei para Issac, completamente rendida pelo amor que eu sentia por ele: —O amo. — Disse, uma lágrima escorreu nos meus olhos, Issac, sibilou o meu nome com os lábios e eu sabia que ele me amava também.
— Xerife, não há um dia em que não corri atrás de Madson, eu sei que ela faz parte do meu passado, mas, não do meu futuro e tão pouco do meu presente. — E ele olhou para mim: —Eu a amo, sua filha, eu amo demais. Eu... nunca senti algo assim.
Um amor tão genuíno e verdadeiro. E eu prometo, que quando eu encontrar Madson, eu prometo que trarei para o senhor lidar com ela. — disse, e eu pude ver, o brilho do luar vermelho agora.
— Vem cá, seu garoto atrevido, irresponsável, e sem jeito… — Disse meu pai, abraçando Issac, e trazendo ele para dentro de casa.
Eu dei risada de emoção, eu amava aqueles dois homens, ambos, eram os amores da minha vida.
Naquela noite, eu pude perceber, o quanto eu o amava, e o quanto, tínhamos um trabalho árduo para restaurar o que se foi quebrado. 1 ano havia se passado desde o dia em que morri, e eu ainda podia ver, o transtornou que eu causara, era como se, a cidade inteira estivesse de luto por mim. Meu pai, me mostrou cada mudança que ele havia feito na casa, mostrou o meu quarto, e mostrou os seus dotes culinários aprimorados.
Fez o jantar, e eu soube, que não partiria para todo o sempre de seu seio, jantamos juntos naquela noite. E quando, meu pai adormeceu e se despediu de mim com um beijo na minha testa e um abraço forte em Issac, juntos, caminhamos para o gramado em frente a minha casa, eu olhei para a casa vizinha, a casa de Miguel e sorri:
— Lembra quando sentia ciúmes do Miguel?! — Comentei, empurrando-o com o ombro.
— Eu nunca senti ciúmes dele, Mille. — disse Issac, na defensiva.
— UHUM! Sei! — Exclamei sorrindo e o vento bagunçou o meu cabelo: — Sabe, eu acho que estou tendo um Déjà Vu. — Disse, e Issac negou com a cabeça e eu ergui a sobrancelha.
— Não, eu não. Eu sonhei e pedi para a lua, me trazer você de volta. O que estou tendo, é um pedido realizado. — Disse, ele, e o brilho do luar novamente surgiu em seu olhar, Issac, arrumou o meu cabelo, segurou o meu queixo e disse: — Camille, eu amo você. —E me beijou, ao fazer isso, uma onda forte transpassou por nós, percorrendo o gramado inteiro, era uma fonte do poder do nosso amor.

Issac, me beijou até nos deitarmos no gramado em frente a minha casa, e eu soube, que a lua, estava mais iluminada por nossa causa.