Capítulo 12: "Novo Lar"

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“Quando estamos desconfiados, achamos que tudo se torna um perigo. Cuidado, nem tudo o que você, vê, de fato, é.”
—Yummi:
Annelise, caminhou comigo por todo o corredor mostrando a mansão e o que cada parte do clã significava. Eu estava em silêncio, e ela, pareceu que leu os meus pensamentos:
— Você está muito quieta, deve estar pensando, que, eu não sou de confiança. — Disse ela, com um sorriso fraco no rosto: —Não se preocupe, não vou me ofender com isso. Afinal, é nova no clã, eu também já pensei isso. — Disse ela, e eu permaneci em silêncio: —Sei que nossa fama não tem sido boa nos últimos dias, após Camille falecer, nosso clã tomou atitudes severas para nossa própria proteção. E espero que você compreenda. — Disse ela, e eu ergui a sobrancelha.
É bem verdade, o clã das bruxas, simplesmente, decidiram se isolar e agir como se a morte de Camille não afetasse a elas, por isso, reuniram todas as bruxas para dentro da cidade e dentro do clã, e criaram leis que proibiam as bruxas de manterem o contato com a população e os eventos da cidade. E quando uma bruxa era convocada, simplesmente, sabia que não iria retornar ou, então, sair da cidade.
— Ainda bem que sabe que tenho meus motivos para desconfiar de vocês, eu não sou pertencente ao clã de vocês, e saírem quando a guerra começar e a minha amiga, despertar. — Disse a Annelise, que sorriu e abaixou a cabeça.
— Você é a arma dessa guerra, ou melhor, os seus poderes. E me admira, a força e coragem para admitir que não vai se proteger nessa possível guerra. — Disse ela, e eu sorri com desdem.
— Fala como se a guerra não fosse acontecer, mas, está aí, tem sinais por todas as partes. — Disse a ela, que sorriu: —E vocês, estão inclusas na profecia, como foram em todos os anos e séculos passados. Temos a chance de lutar contra o nosso inimigo, Madson. — Disse ela, e Annelise, sorriu e segurou o meu braço.
— Você acha mesmo que a tal Madson, é a inimiga?! Causadora de todas as guerras e banhos de sangue entre as criaturas e reinos?! —Indagou ela, e eu fechei o semblante.
— Como assim?! —Indaguei, e ela, me olhou nos olhos e disse:
— As bruxas não se esconderiam de Madson, não temos medo dela. Temos medo, do que ela vai despertar se pegar você desprotegida bancando a heroína. Camille pode até ser a salvadora, mas, se ma arma, Camille é apenas um frasco de fonte de poder desperto. Mas, você Yummi, é a fonte do poder de Camille, e a criatura que lutará contra vocês, é muito mais ardilosa que Madson, se acha que eu Madson é o problema, não viu a criatura de séculos que ela vai criar. — disse ela, e eu engoli a seco.
— Acha que aqui estou protegida?! — Indaguei, como um desafio.
— Acho que aqui, estará protegida o suficiente, para se proteger. — Disse ela, e eu parei, sem compreender o que ela queria dizer.
— Isso não o menor sentido na minha cabeça. — Disse, confusa, e ela sorriu.
— É claro que não! Mas, fará. Eu te prometo. — disse ela, saindo e eu engoli a seco.
Ela me conduziu até a escada em formato de caracol, e então, chegamos em mais um corredor direita e esquerda:
— A direita fica o seu corredor, a esquerda, o meu corredor.
Ali estará o seu dormitório, e suas novas roupas. Não usamos calças e blusas, apenas, vestidos. Sua aula, começará amanhã as 08: 00 horas da manhã. Esteja em pé para o café da manhã, um sino tocará. Não se preocupe com a localização, saberá para onde ir. Agora, bom descanso. — disse ela, se virando e então, eu disse:
— Annelise! Espere! — Chamei e ela se virou: —Obrigada, pelo passeio. — Disse a ela, que assentiu com a cabeça e saiu caminhando em direção ao seu corredor.
Segui em direção ao meu, existiam várias portas e apenas uma, entreaberta. Eu empurrei a porta, e lá estava duas camas com cortinas que cobriam as camas, um tapete vinho com ornamentos por todo o tapete, e dois moveis de madeira, como um gaveteiro.
Duas camas, dois gaveteiros, quem era a parceira de quarto?! Entrei e escolhi a minha cama, coloquei minhas malas no chão, e abri a cortina da minha cama, deitei e fiquei observando o silêncio no ambiente, tentando entender, o que eu tinha que fazer e, porque meus poderes não voltavam logo ou não ficavam mais fortes. A porta se abriu, lentamente, e os passos da pessoa ficou silencioso, meu coração, batia fortemente no peito, era alguém suspeito, se fosse a minha colega de quarto, ela entraria provavelmente fazendo barulho, e eu preparei o chute, seria bem-dado. E então, a sombra escura parou diante da minha cama, e eu ergui bem a perna e na hora de chutar, a cortina se abriu, um par de olhos azuis-claros, arregalaram-se:
— Calma! Calma! Não me chute. Principalmente, aí. — disse ele, o rapaz tinha a cor dos olhos azul-claro, seu porte era alto e forte, havia músculos. E, sua pele era negra.
— Quem é você? — Perguntei, autoritária.
— Ross. — Disse ele, protegendo as partes onde eu provavelmente chutaria: —Não dê o chute, vai me machucar. — disse ele, falando com medo.
Lentamente, fui baixando o pé, e Ross foi amenizando a expressão de medo e futura dor no rosto, ele ergueu a sobrancelha ainda com receio e disse:
— Assim, fica muito melhor. Porém, é uma boa atitude para afastar pessoas más, continue assim. — Disse ele, e eu fiquei calada: — Quando soube, que, depois de tantos anos sozinho, eu teria uma colega de quarto tão... Prudente. — E ele citou a palavra com receio de me ofender: —Eu diria para vir mais rápido do que eu poderia imaginar. Bem, esperei outra recepção, até preparei um discurso falando da importância da unidade entre colegas de quarto, mas, no final, foi do seu jeito. — Disse ele, se afastando e eu engoli a seco.
— Me desculpe! Eu nunca estive aqui antes, só... — E ele ergueu a palma da mão me impedindo prosseguir:
— Não confia em bruxos e bruxas. — disse ele, dando de ombros: — Não ficarei ofendido, apenas, não saia chutando partes valiosas por aí, será banida. — Disse ele, e deu uma piscadela.
— Conselho guardado. — Disse, com vergonha: —A proposito, meu nome é Yummi Hyato. É um prazer conhecer você, Ross. — Disse com um sorriso leve.

Renascendo- Vol 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora