13. Motivos

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Kornkamon Teach

Corro em direção às meninas, que acabam por não entender o motivo de eu correr em direção à saída. Então elas se dirigem para a cela, enquanto eu corro até o guarda que estava na porta.

- A chave seu imbecil, a Samanun desmaiou! - Grito com raiva da sua lerdeza, enquanto ele se embolava com o molho de chaves que estava preso à sua cintura. Ele me entrega com pressa, com os dois olhos esbugalhados e me segue, enquanto corro o mais rápido possível pelo corredor.

Assim que chego em frente à sua cela, abro às depressa e corro para perto do seu corpo estendido no chão. Me ajoelho próxima à ela e então viro-a de barriga para cima. Ela estava completamente apagada.

- Sam, responde. - Chacoalho levemente seu corpo e então dou leves batidas em seu rosto. - Sam!

Ela não tinha nenhuma reação. Os três estavam atrás de mim, o oficial, Lauren e Tee. Mas não espero nem mais um minuto.

Passo um braço por debaixo dos seus ombros e outro atrás dos seus joelhos, pegando suas pernas e me levanto de uma vez com seu corpo no meu colo.

- Preciso levá-la para a enfermaria urgentemente. - Falo me encaminhando rapidamente para a saída.

- Capitã, não temos permissão de mexer--

- Pretende deixá-la aqui para quê?! Já não basta a tentativa de morte ao não dar comida para ela?! - Grito com raiva e ele se espanta com minha reação, olhando em seguida para a Lauren e a Tee.

- Você está certa, capitã. Vamos levá-la. - Tee fala se aproximando de mim, mas não espero sua ajuda e ando rápido com pressa, saindo da prisão com as duas me seguindo e então coloco com um pouco de dificuldade o corpo desfalecido da Sam no dorso do meu cavalo.

Subo imediatamente em seguida, encaixando minhas pernas na sela, enquanto seu corpo estava em frente ao meu. Seguro no cós de sua calça, para lhe dar estabilidade e então faço o cavalo iniciar seu trote rápido até a enfermaria que ficava próxima à prisão.

Lauren e Tee montam em seus cavalos também e me seguem. Tudo acontece muito rápido e em poucos minutos, já estamos em frente ao hospital.

Desço correndo do meu cavalo e não me importo em prendê-lo em nenhum lugar. Puxo o corpo da Sam de volta para os meus braços e entro correndo o local.

- Ajuda! - Duas enfermeiras se aproximam. - Ela está desmaiada. Provavelmente inanição e desidratação. - Elas fazem que sim com a cabeça, escutando o que eu falava e então uma terceira trás uma maca, em que eu coloco o corpo da Sam.

Elas começam a levá-la.

- Você não pode ir, senhora. - Uma das enfermeiras fala, pondo a mão no meu corpo, me parando.

- Eu vou. - Falo de forma taxativa e ela olha para as outras enfermeiras, se perguntando o que fazer. - Ande com isso, ela está desmaiada sabe-se lá há quanto tempo! - Reclamo e então elas voltam a andar, ignorando minha presença ali.

Acompanho a maca até que elas entram em uma ala onde haviam várias outras pessoas deitadas. Uns agonizavam, outros dormiam. Volto minha atenção à Sam.

- Precisamos de uma solução para restabelecê-la, agulhas e a mangueira. - Ela fala para a outra, que prontamente se retira rápido e vai buscar os suprimentos.

Passo a mão pela testa da Sam, alisando seus cabelos. Sentia meu coração bater rápido, com a possibilidade de que ela não voltasse a acordar. Enquanto interagia com seu corpo desacordado, vejo uma das enfermeiras me observando incessantemente.

Velas Negras • MonSamWhere stories live. Discover now