Capítulo 11

3.8K 310 323
                                    


Eu amo eles?

-Talvez, eu não sei! Mas sei que infelizmente, não posso ficar com você para tentar superar eles, te enganar de certa forma, eu estou amando estar com você, mas não é como com eles.

-Eu não ligo que seja apaixonado por eles, no fim você está aqui comigo, só eu e você, então eu não me importo, você pode se apaixonar por mim, não pode? Não vai ser fácil, eu quero tentar, mas não depende só de mim.

-Não, desculpa, mas não dá, eu não vou conseguir fazer isso. -O celular tocou mais uma vez e olho para o garoto em minha frente.

-Atende vai, tá tudo bem.

Atendi sem nenhuma paciência. -Alô!

-Para com isso, tu vai me falar agora aonde tu tá e com quem tá, vou te buscar.

-Vai viver a vida! -Mateo me olhava sem entender, eu acabei de dizer que amo eles, mas não vai ser fácil me ter. -Não vou falar nada.

-Tu tá me tirando do sério, tá me irritando e daqui a pouco vou ficar sabendo aonde tu tá, só questão de tempo, se pá minha irmãzinha sabe né ou aqueles moleque que anda com tu, já aviso que vou fazer qualquer coisa pra isso. -Meus olhos ficaram marejados e Mateo parecia se preocupar mais.

-O que foi? -Ele segurou em minha mão e eu apenas fiquei encarando-o.

Desliguei a chamada e me mantive em choque por alguns minutos.

-Me leva pra casa agora, Mateo.

-Aconteceu algo com sua família?

-Mateo só me leva agora pra casa, por favor.

-Mas...

-MATEO SÓ ME LEVA PRA CASA OK?! -Grito com ele me levantando da cama.

Comecei a arrumar minhas coisas de volta dentro da mochila, estava só usando minha samba canção dos Monstros S.A, vesti uma blusa preta e coloquei meus chinelos, se tiver esquecido qualquer coisa que fique, só quero ir pra casa, não aguento mais esse inferno, mesmo querendo ficar longe eu não consigo, não me deixam! Mateo parecia tão assustado quanto eu.

-O que acha de a gente ir quando amanhecer.

-Mateo, vamos, por favor. -Digo me sentindo totalmente emocionalmente esgotado de tudo isso.

A gente desceu indo para o carro, apenas joguei minha mochila no banco de trás e me sentei no banco da frente, coloquei o cinto e esperei ele entrar, em poucos minutos a gente está na estrada voltando para Heliópolis, aonde pelo visto eu jamais vou poder sair. A gente iria chegar cerca de seis e pouco da manhã, mas a estrada tá vazia então ele pode ir mais rápido.

Encosto minha cabeça no vidro olhando para fora, meu celular em mãos e pensamento a mil, mas a vontade de fazer xixi me domina por completo, deveria ter feito antes de sair de casa, merda!

-Mateo tem como parar em algum lugar para eu ir ao banheiro?

-Claro, paro ali naquele posto de gasolina, já abasteço também. -Ele deu sinal e entrou no posto, assim que ele parou deixei meu celular no banco e saí correndo para me aliviar.

Chego na moça do caixa e pergunto para a moça do caixa aonde tem banheiro, ela aponta para uma porta no canto e vou andando rápido, não estou me aguentando. Assim que saio da conveniência vou até o carro, me sento ao lado de Mateo que me encarava sério.

-Voltei.

Passo a mão no banco atrás do meu celular e vejo que estava nas mãos do Mateo.

-Alguém te ligou, melhor retornar a ligação. -Ele me entrega o celular e volta a dirigir. -Parece que estão bem preocupados com você.

Dois Traficantes em Minha Vida(Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora