Dois Traficantes em Minha Vida(Romance gay)

Capítulo 9

Não custa nada desabafar né? É só o Mateo...

Eu nem vi a hora que dormi, mas sei que dormi em ligação com Mateo, falamos sobre absolutamente tudo, ele me falou da faculdade de direito que ele está, e bom, eu contei sobre o meu desastroso relacionamento e em como minha vida está um caos, mas ele me chamou para ficar em sua casa de praia a próxima semana, a casa fica em Ilhabela, cerca de quatro horas daqui e disse que seria bom pra mim sair um pouco, pegar um ar novo, disse para ele que daria uma resposta pela manhã, e bom, a manhã chegou e eu falei com meus tios que super concordaram com a ideia de eu passar alguns dias fora, ver outras pessoas e que gostariam de conhecer o Mateo, mas que seria melhor ele não entrar aqui pois os dois devem estar de olho em mim, conversei com ele que super entendeu e disse que o que eu precisasse ele compraria pra mim.

Eu conversei com meus amigos que iria passar alguns dias fora, expliquei um pouco do que aconteceu e Natasha disse para eu não me preocupar que com o irmão dela ela resolve, que vai falar poucas e boas que ele precisa ouvir, e isso me fez lembrar do que eu disse para ele na noite passada, acho que peguei um pouco pesado com ele...

Tive que ir até a entrada da favela para encontrar Mateo, que estava lá com sua Land Rover preta com vidros fume, próximo ao bar que estava Gaúcho com uma garota de cabelos cacheados no colo, Dominique não estava ali, ao menos eu não o vi. Algumas pessoas já olhavam pelo carro estar ali, quando apareci chamou mais ainda atenção, fazendo Gaúcho olhar, sua cara de ódio e raiva era notável, assim que Mateo apareceu me abraçando ele levantou derrubando a garota no chão.

-Vamos lá meu loirinho? -E por um momento eu olhei para Gaúcho que fazia o sinal de não com a cabeça.

-Vamos! -Sorrio olhando o moreno.

Entreguei minha mochila para ele que colocou no porta malas e entramos no carro, Mateo colocou a mão em minha perna fazendo carinho, me tirando totalmente do transe do que acabou de acontecer, ele queria que ficasse?

-¿Qué pasa por tu cabeza? -Mateo me olhou preocupado. (O que está passando em sua cabeça?)

-Nada, estou só um pouco para baixo, sabe como foi minha noite passada.

-Não diga duas vezes, essa semana vai relaxar! -Ele falou em português? Ergui uma das sobrancelhas lhe olhando. -¿Que pasó? (O que foi?)

-Você falou em português. -Ele tirou a mão da minha perna e levou as duas para o volante.

-Si si, -Ele sorriu de lado me olhando rápido e voltando sua atenção para a estrada. -Mas acho que goste mais de espanhol.

-QUE IDIOTA! -Ri olhando de forma indignada para ele. -Aquele dia no Madame podia ter pedido um beijo!

-Em minha defesa é que em espanhol fica mais sexy, e foi fofo você tentando falar espanhol.

-Conquistador barato! Então sua família toda fala português?

-Os negócios da família pede por isso, então sim.  

Ficamos rindo e conversando o restante da viagem, vez ou outra ele colocou a mão na minha perna, fez carinho no cabelo da minha nuca, paramos uma ou duas vezes para abastecer e comer, mas foram quatro belas horas até chegar em Ilhabela, a gente pegou a balsa o que deu um pouco de medo já que Floripa a gente tem uma ponte. Andamos mais alguns minutos até chegar em uma casa mais retirada, em meio a mata, cheia de vidro e bem iluminada, parece a casa dos Cullen de Crepúsculo. Assim que paramos já tinha um dos funcionários esperando na porta.

Descemos do carro e logo o rapaz veio em nossa direção sorrindo.

- ¡Finalmente están aquí! ¿Quién es este contigo? -A cara do rapaz não parecia feliz ao me notar. (Finalmente chegaram! Quem é esse com você?)