©apítulo 9

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ANGELINE ANTUNES

Não podia acreditar que teria que passar os próximos três meses amercê de um mafioso

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Não podia acreditar que teria que passar os próximos três meses a
mercê de um mafioso. A minha situação piorava a cada dia, jamais imaginei que estava na casa de um criminoso. Levei a mão ao estômago e cambaleei,
não me sentia bem.

- Senhorita Angeline, está tudo bem?

O Sr. Georg aproximou-se e me ajudou sentar em uma das cadeiras.

Eu tremia e via tudo desfocado por causa das lágrimas que se formavam em
meus olhos. Tentei segurá-las, aprendi no Santa Tereza a não deixá-las cair
desde muito nova, a fraqueza e o medo não são vistos com bons olhos no convento, é preciso enfrentar todas as dificuldades com coragem, principiante
as órfãs que não tem tempo de lamentar sua sorte. Contudo, como ter esse sentimento se estou debaixo do teto de um homem perigoso e pelo que percebo com muito poder ? Ninguém irá ter coragem de me ajudar aqui, com certeza todos somente
obedecem suas ordens.

Todavia, preciso tentar mais uma vez, suplicar se for preciso para que
o Sr. Georg me envie de volta, ele é minha última esperança. Levantando a cabeça e o encarando com os olhos marejados, juntei às duas mãos e pedi, demonstrando todo meu desespero.

- Por favor Sr. Georg, me envie de volta, lhe suplico.

Ele suspirou fundo e voltou para sua própria cadeira. Sentou-se e
recostou no encosto, estreitou os olhos e ficou pensativo por alguns segundos,
me avaliando.

- Senhorita Angel, são apenas três meses, conseguirá se sair bem.

- Não... O Sr. não entende, eu... eu farei os votos...

Parei de falar, agora via nos olhos dele deboche, ele estava sorriso nos lábios. Tava caçoando
do meu desespero.

- Vai cuidar do Nick, Senhorita Angel, não há nada que possa fazer
para mudar sua situação, apenas aceite. Tom é generoso com suas amantes, se é que me entende.

Ele piscou um dos olhos para mim e sorriu abertamente. Um suspiro perplexo saiu dos meus lábios, meu estômago deu um nó, além dele saber
quais são as intenções do seu chefe, não dá a mínima importância para isso.

Sem mais, levantei-me e corri até a porta, nem ao menos olhei para trás, saí e andei pelo corredor, cheguei até o hall de entrada e olhei para a saída. Sem
pensar muito, abri a grande porta de carvalho pesada e saí. Lá fora, o vento frio da tarde atingiu meu rosto, não me importei, andei sem rumo com as
lágrimas molhando as minhas bochechas. Só queria ir embora, fugir das garras desse mafioso.

Estudei em volta com os olhos atormentados, precisava encontrar os
portões de ferro.

Observei que havia uma estrada ladeada por jardins e segui
adiante andando apressada. Finalmente avistei o portão de longe. Espiei por
sobre os ombros e percebi que havia alguns homens de terno preto me seguindo. Comecei a correr. Ao chegar no portão, um outro homem apareceu
e eu parei assustada.

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