©apítulo 15

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ANGELINE ANTUNES

Acordei e abri os olhos, a chuva ainda caía sem parar

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Acordei e abri os olhos, a chuva ainda caía sem parar. Me movi devagar com as mãos na cabeça. Pressiono o ponto dolorido e contorço a face pela dor. Acho que não havia passado muito tempo desde a queda até agora, talvez alguns minutos. Devo ter perdido a consciência, e então fiquei de olhos fechados tentando raciocinar o que tinha acontecido. Precisava sair desse lugar para
buscar ajuda. Não tenho ideia dos danos causados pela queda, mas sinto todo meu corpo dolorido.

Espalmei as mãos na rocha que havia segurado meu corpo e usei como apoio para tentar sentar. Assim que consegui, apoiei as costas na pedra e comecei a avaliar meu corpo. Olhei para os braços e percebi que o tecido do casaco havia se rasgado em algumas regiões, as pernas que estavam expostas, sofreram algumas escoriações. Aparentemente não tinha nenhum osso
quebrado. Naquele momento, a chuva começou a diminuir de intensidade.

As rajadas de vento me atingiam me fazendo sentir frio, me encolhi
tentando encontrar uma saída. Estava muito escuro ainda e quase não
conseguia enxergar nada, mas necessitava olhar em volta para observar onde me encontrava. Assim, apoiei na rocha para me segurar e ficar em pé.

Senti uma pequena vertigem e fechei os olhos. Fiquei parada até aquela sensação de tontura ir embora e abri as pálpebras novamente. Enxerguei além da pedra
iluminação, parecia uma estrada. Olhei para baixo e percebi que já estava no final da descida. Então, segurando em alguns galhos de vegetação, desci o
restante da ribanceira.

A chuva já não era tão intensa, agora era apenas uns chuviscos, porém, o
vento e meu corpo molhado, me faziam sentir muito frio. Andei alguns metros e cheguei na estrada pavimentada. Verifiquei de um lado para o outro antes de descer e seguir para a esquerda. Observei a iluminação das casas
naquela direção, será lá que pedirei ajuda. Iniciei a caminhada tremendo de frio, com muita dor e o corpo coberto pela lama, mas não podia me lamentar agora, meu único pensamento era tentar encontrar abrigo antes de morrer de vez.

Depois de andar aproximadamente,20 minutos, exausta, com frio e machucada, as lágrimas de angústia começaram a descer. Nessa altura a chuva já havia parado definitivamente. Me sentia muito debilitada e parei para descansar. Não consegui me manter de pé, sentei na margem da estrada.

Depois de algum tempo, avistei a luz de um farol, era um veículo. Com
dificuldade, levantei-me e acenei, rezando a Deus que o carro parasse. Para meu alívio, a caminhonete parou no acostamento. Sem pensar muito, fui até o carro, a janela abriu-se revelando um Senhor de cabelo grisalho no volante.

- Por favor, me ajuda.

O homem falou algo em alemão antes de abrir a porta da caminhonete.

Notei também que tinha uma senhora no banco do carona. Ela rapidamente desceu do veículo já com um cobertor e cobriu meu corpo. Eles falavam em alemão, eu não conseguia entender nada, mas me sentia grata pela ajuda.

Cᥲ᥉tιdᥲdᥱ ᥆ᥙ Pᥱᥴᥲd᥆?Onde histórias criam vida. Descubra agora