©apítulo 19

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ANGELINE ANTUNES

O sol do horizonte já estava se pondo, me encontrava trêmula denervosa

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O sol do horizonte já estava se pondo, me encontrava trêmula de
nervosa. Olhei para a silhueta do Tom, ele remava sem parar, seus
músculos do braço contraíam-se a medida que empurrava a água. Olhei para suas mãos fortes que seguravam os remos, eficiente, suas veias na mão,a tatuagem de leme, os músculos rígidos. Ele remava sem aparentar grandes esforços.

Observei a volta e não havia nada para olhar, apenas o azul profundo
do mar e o céu sem nuvens, já alaranjado por causa do crepúsculo do sol poente. Logo à noite chegará e essa perspectiva me deixava mais apreensiva.

Não podia acreditar que estava em um bote salva-vidas em meio a um mar imenso com o homem que me machucou de todas as maneiras.

O bote estava estabilizado na água, o mar calmo somente se agitava com as ondas feitas pelo bote que cortava a água. Meu queixo batia tremendo
de frio. As juntas dos meus dedos estavam doendo por causa do esforço que fazia para me segurar. Percebi que Tom parou de remar e tirou a mochila das costas colocando-a no piso do bote, em seguida abriu um pequeno
compartimento na lateral do bote e tirou um cobertor, veio para o meu lado e colocou-o nos meus ombros.

- Deita um pouco para descansar.

- E você?

- Não se preocupe comigo, estou bem.

Voltando para a outra extremidade pegou a mochila e abriu, tirou de
dentro uma garrafa descartável com água. Aproximou-se de mim novamente e encostou a garrafa nos meus lábios.

- Beba um pouco, temos apenas algumas garrafas, não sabemos quanto tempo vamos ficar à deriva, por isso temos que economizar água por
enquanto.

Bebi a água e me ajustei no cobertor. Tom, voltou para o seu lado do bote e pegou algo na mochila, um aparelho, ele o ligou e começou a olhar
para a tela.

- Não há sinal, apenas a bússola está funcionando.

- Estamos perdidos?

- Um pouco, mas não esquente sua cabecinha com isso.

Ele parecia muito tranquilo diante daquela situação, talvez só queria
me deixar confiante e não compartilhar que estávamos completamente em
apuros. Eu já não conseguia relaxar, sentia-me estranha.

- Tom, estou com medo.

Ele aproximou-se de mim e me abraçou junto a ele, falou sussurrando
no meu ouvido.

- Não tenha medo, não deixarei que nada lhe aconteça, cuidarei de
você. Minha Angel.

Vagarosamente, ele me beijou nos lábios, roçando seu piercing. Sem querer meu
corpo reagiu a seu toque e tudo que fizemos no barco veio à mente. Mãe de Deus! Não quero sentir essas coisas, mas o contato dele fazia meu corpo estremecer. Ele me abraçou com mais força e beijou meus cabelos.

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