©apítulo 14

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ANGELINE ANTUNES

Meu corpo estava paralisado de medo, minha respiração suspensa pelo que acontecia à minha frente

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Meu corpo estava paralisado de medo, minha respiração suspensa pelo que acontecia à minha frente. Me encolhi, meu coração batia forte contra a
caixa torácica, minha boca estava seca. Vi a silhueta enorme do Tom
sobre o Gustav, seu corpo grande, coberto por um sobretudo preto, os cabelos soltos e bagunçados, ergueu-se
rápido, aos meus olhos, parecia um anjo da morte e de fato era. Percebi em choque que o Sr. Gustav contorcia-se, ele havia sido atingido pelo tiro. Fiquei aterrorizada , quando Tom mirou a arma na direção da cabeça do
outro e sem piedade, me encarou com os olhos cheios de raiva e disparou uma sequência de tiros na cabeça do Gustav. A cada estrondo eu me encolhi ainda mais a parede e fechei os olhos tapando os ouvidos. Eram tantos disparos que pareciam
não ter fim. Até que ouço a voz do Georg gritando.

- Acabou Tom, ele está morto.

Tom parou de atirar,e eu não conseguia abrir os olhos e nem sair da minha posição encolhida, eu estava tremendo, em estado de pânico. Mas o silêncio que se seguiu me fez ter coragem de
abrir os olhos lentamente.

Em meio a névoa das lágrimas que estava derramando, vi a figura alta do Tom e junto dele o Sr. Georg. Quando finalmente me dei conta no chão eu olhei diretamente para o corpo
estendido do Sr. Gustav, sem vida, irreconhecível, o rosto completamente desfigurado. Liberei um grito de pavor. Tom voltou-se para mim e me olhou diretamente. Senti o impacto de seu olhar fulminante sobre mim. Meu lábio inferior tremeu pelo medo, os batimentos cardíacos
estavam tão rápidos que pensei que cada batida se juntava a outra é
certamente meu coração iria parar de bater.

Tom, se moveu e entregou a arma para Georg, praticamente
jogando em cima dele.

- Tire esse Verdammt da minha propriedade. ( MALDITO EM ALEMÃO).

Assim, ele voltou-se para mim, andou a passos firmes, e eu automaticamente paralisei, minha respiração acelerou, pensei em correr, mas não conseguia ter nenhuma reação, o
rosto dele era uma transfiguração do próprio demônio e toda sua ira caiu sobre mim.

Movi minha cabeça de um lado para o outro em negativa e tentei me afastar, mas ele me agarrou no pulso e me puxou, sem dizer absolutamente nada,
somente ouvia a sua respiração forte, suas narinas flamejavam parecia que soltava fogo pelas ventas.

Tropecei em minhas próprias pernas enquanto era arrastada pelo Tom, meu pulso onde sua mão apertava como garras, latejava de dor. Ele me puxou como se eu fosse uma boneca de pano. As lágrimas frescas inundavam meu rosto, não conseguia emitir nenhum som, minha garganta doía, ela
parecia fechada, somente soluços de angústia e pavor escapavam.

Tom subiu as escadas e ao chegarmos no corredor, seguimos para
a direção oposta ao meu quarto. Quando me dei conta de que ele me levava para seu próprio dormitório, entrei em pânico e tentei me soltar de suas mãos. No
entanto, todo o meu esforço somente servia para me causar mais dor física.

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