©apítulo 22

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ANGELINE ANTUNES

O vestido era lindo, um clássico romântico de organza e corpetefechado de tule bordado com fios de seda

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O vestido era lindo, um clássico romântico de organza e corpete
fechado de tule bordado com fios de seda. Me admirava no grande espelho de chão com moldura branca e estilo vintage, ainda sem acreditar que estou
pronta para me casar. Meus cabelos estão puxados para trás em um penteado sofisticado e na minha cabeça um véu preso a uma tiara de pérolas e flores de
tecido. Em meu rosto havia uma maquiagem leve, apenas blush e batom que me deixaram com uma pele natural e levemente ruborizada, me dando ar de uma noiva virgem, o que estava longe de ser.

Uma angústia e tristeza se refletiam em meu rosto, nunca sonhei em
me casar, não era isso que planejei para a minha vida, mas já que estou sendo obrigada a fazê-lo, queria pedir perdão a Deus pelos meus pecados. Por ter
sido criada no convento e seguindo o rígido código moral da minha religião, não me sentia apta para casar sem antes me confessar, eu precisava fazer isso.

- Senhorita Angeline, aqui estão as joias que usará.

A mulher que ajudou a me aprontar, abriu um estojo preto de veludo e
me mostrou um conjunto de colar e brincos de brilhantes e pérolas, não era nada exagerado, o design era simples, mas lindos. Passei a mão nas pedras, admirada, nunca vi nada tão bonito e brilhante. O par de brincos era em formato de gota com uma carreira de pequenos brilhantes e no centro, pérola branca e o colar seguia o mesmo estilo.

- São feitos de diamantes e pérolas verdadeiros - ela comunicou:

Tirei a mão rapidamente e olhei para mulher chocada.

- Sente-se aqui para eu colocá-los em você.

Sem protestar, fiz o que ela mandou ainda sem acreditar em tudo
aquilo. Para finalizar, ela me fez usar sapatos forrados de tecido de seda.

- Está lindíssima.

- Obrigada!

- Gostaria de mais alguma coisa antes do horário da cerimônia? - A mulher perguntou.

- Sim, gostaria muito de falar com o padre antes de ir, avise-o que em
confissão, se não for pedir muito.

- Providenciarei, com licença.

A mulher se retirou e eu sentei-me em uma das poltronas. Juntei às
duas mãos e fechei os olhos. Alguns minutos depois, o padre bateu a porta e entrou.

- Quer fazer uma confissão?

- Sim padre.

- Muito bem! O padre Richard, colocou sua estola sentou em um dos sofás, eu me ajoelhei à sua frente.

- Não precisa se ajoelhar, minha criança.

- Eu prefiro assim.

O clérigo não disse nada e assim iniciou o sacramento. Confessei todas as minhas angústias. Ao final ele me absorveu dos pecados. Assim me senti mais leve para o próximo passo.

Cᥲ᥉tιdᥲdᥱ ᥆ᥙ Pᥱᥴᥲd᥆?Onde histórias criam vida. Descubra agora